domingo, 2 de outubro de 2011

The Bucket List

The Bucket List (Antes de Partir ou Nunca É Tarde Demais), 2007, Jack Nicholson e Morgan Freeman nos fala de dois homens que são pacientes terminais, e são colocados num mesmo quarto de hospital onde fazem uma lista antes de morrer. Qual a lista que você precisa fazer? Quais as coisas que são realmente essenciais para sua vida?
A lista abaixo, não é necessariamente uma lista pensando na morte, mas certamente são essenciais, se quisermos refletir sobre nosso ministério. Estas questões não podem ser ignoradas:

1. __________________________________-
(Incredulidade)
O Maior de todos os pecados.


2. ________________________________________ -
(Conforto, bem estar)
A maior de todas as tentações.

3. ______________________________________ -
(Just~iça propria)
O inimigo número 1 do Evangelho.


5. _______________________________________
(Bagunça)
A coisa mais interessante no Ministério.


6. _______________________________________________
(Amargura)
O maior risco do ministério (Existência).


7. ______________________________________________
(Relacionamento com Deus)
O Maior dos fracassos


Conclusão:
Talvez você discorde de uma ou mais destas ênfases que foram dadas. Não as ignore – mesmo assim.

Palestra 2: SOMBRAS DA ALMA

Apesar de atitudes positivas, alguns pecados de Saul o destruíram. Suas sombras eram muito evidentes, e ele não soube trazê-las a Deus a fim de que fossem iluminadas. Recusou-se à Palavra de Deus, aos conselhos de Samuel, e agiu com base nos seus próprios princípios repletos de contradições. Eis alguns destas sombras:

1. __________________________________- 1 Sm 13.8-9
(agir por circunstancias)
Age com base no emocional. 1 Sm 14.18-19
Dois agentes perigosos:Impaciencia e imediatismo

2. ________________________________________ - 14.24
(Precipitacao com a lingua)
“Meu pai turbou a terra”. I Sm 14.24

3. ______________________________________ 1 Sm 15.22,23.
(Rebeldia)
Obedece parcialmente e usa argumentos espirituais para justificar sua desobediência 1 Sm 15.15

4. _________________________________ - 1 Sm 14.35
(Demora em fazer altares)
Fazer altares é trazer Deus para perto de si, é relacionar seus projetos a Deus.

05. Obsessão com _____________________________________________ - 1 Sm 15:12
(Auto imagem)

06 _______________________________________ 1 Sm 15.24
(Agir com medo do povo)
Como trabalhar quando o medo é crônico? O medo é um dos ídolos do próprio coração.

07. Tentativa de ____________________________________ – (1 Sm 15.13).
(Enrolar a Deus)

08. Falta de _______________________________________ (15.21,30)
(intimidade com Deus)

09. _______________________________________________ 1 Sm 16.14
(brechas espirituais - Ira nao resolvida)
Quando surgem as manifestações? Sempre após um incidente não resolvido no coração.

10. ______________________________________________
(Inveja de quem Deus usa)
Esta inveja, foi acentuada pela indiscrição da comunidade. 1 Sm 18:7,8,12 14, 21 - . “Vendo o sucesso de Davi”

11. _______________________________________ - 1 Sm 22.13-16
(Sentimento Persecutório)

12. ____________________________________________________ - 1 Sm 28.3-7
(Envolvimento com esoterismo e ocultismo)

Conclusão:
A vida de Saul nos revela que o que importa não é como você começa, mas sim como você termina. O que conta não é a velocidade que você trabalha, mas se vai chegar no batalhão de frente daqueles que correm. A Bíblia nos diz que “aquele que perseverar até o fim, será salvo”. Fidelidade só no começo da carreira não é suficiente. Há muito campo ainda para correr…

1 Sm 10 SOMBRAS E LUZES DA ALMA

O esquema abaixo é semelhante ao da Janela de Johari. Revela o grau de lucidez nas relações interpessoais, w como como nosso ego interpreta a vida. O esquema abaixo nos revela estas dimensões:

Área cega
Outros sabem-eu não sei

Área escondida
Outros sabem-eu não sei
“Blind spot” - Natã e Davi

Área Escura
Ninguém sabe: nem você, nem os outros
Judas: Potencial para o mal

Área iluminada
Todos sabem…
Consciência plena: Não preciso esconder.

Saul é um homem com muitas virtudes: Demonstra sinais extraordinários de liderança, tira Israel do anonimato, consolida uma monarquia, estabelece novos sistemas exercendo durante 40 anos, um governo estável e seguro. Exerce uma liderança inicial com marcas de eficiência, ousadia, destemor e dependência de Deus, até que seu lado obscuro começa a aflorar. Destacar seus pontos positivos e negativos pode ser um bom exercício devocional e sugere rotas para nortear nossa vida pessoal.

Luzes

1. ______________________________ - 1 Sm. 9.27.
(Unção Secreta)
2. _____________________________________ -..10.2.
(Mudança de Prioridades)
3. ___________________________________ - 10.9
(Mudança de Coração)

4. ____________________________________________:
(Experiências sobrenaturais)
Ele começa a ter algumas experiências que vão além do ordinário, do cotidiano 10:10 Não se reserva nem se fecha à manifestação do sagrado, ao vento do Espírito em sua alma.

5. ______________________________________________ 11.5
(Sensibilidade com a dor do povo)
6. _______________________________________________ - 10.27 “se fez de surdo”.
(Capacidade de desprezar comentários infelizes- Ouvido seletivo)
Quem dá ouvidos demais, começa a viver uma relação de obsessão para provar sua inocência e competência.
Sempre se ouvirão vozes em discordância, expressando oposição sem alternativa, descobrindo o errado e nunca o certo, antevendo a escuridão em toda parte e procurando exercer influência sem aceitar a responsabilidade”.
John F. Kennedy.

7. _____________________________________: 11.7
(Ousadia)
Assume uma posição de alto risco.

8. ________________________________________________________ - 11.12,13
(Sabedoria para esquivar-se de maus conselhos)

9. ___________________________________________________________- 13.2; 14.47
(Fortalecimento de áreas frágeis)

10. ___________________________________________________ - 14.47,48
(Estabilidade e Constância)
Insegurança e instabilidade enfraquecem a liderança.


11. __________________________________________ - 14.52
(Formar time competente)

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Mt 19 Como resolver conflitos no relacionamento?

Introdução: Este tíitulo já parte da compreensão de que vamos ter dificuldades se resolvermos compartilhar nossa história com alguém.

Casamento é um projeto de grande risco:

a. Duas pessoas pecadoras – Narcisista, auto-centradas, vaidosas, egocêntricas. As chances de erros são muito grandes. Por isto, “Duas pessoas cristãs, não fazem automaticamente um lar cristão”. Se isto fosse natural, não haveria divórcio...

b. Conflitos surgem quando uma das partes, ou ambas, se consideram prejudicadas. Você não acha que no seu relacionamento você cede sempre mais que seu cônjuge?

c. É bom entender, porém, que sem resolução não há possibilidade de continuar a jornada – “Andarão dois juntos se não houver entre eles acordo?” (Am 3.3)

Em Mt 18.15-35, Jesus desenvolve seu discurso em torno do perdão, até chegar ao capítulo 19, que fala sobre o divórcio. O texto demonstra que ninguém está preparado para casar, se não é capaz de perdoar.
Walter Trobisch, no seu pequeno livro, com quem vou me casar, afirma que quando alguém lhe procurava para fazer o casamento, ele indagava se as pessoas eram capazes de perdoar – se isto fosse possível, ele então realizaria a cerimônia.

A pergunta que introduz o discurso sobre o divórcio é: “É licito ao marido, repudiar sua mulher, por qualquer motivo?” (Mt 19.3).

Jesus foca no perdão. Qual é o padrão?
1. Todos somos devedores – Mt 18.23-25

2. Todos recebemos graça para viver e graça para dar –

3. Tudo quanto nosso próximo nos deve é infinitamente menor do que devemos a Deus: 100 dólares x l0 milhões de dólares.

4. Não perdoar o próximo é fazer com ele o que Deus não faz conosco.

5. Quem não perdoa, afunda-se num ciclo inexorável de tormento, sendo entregue aos verdugos (Mt 18.34).

6. Quem não perdoa, coloca-se novamente debaixo do juízo de Deus: “Se do intimo, não perdoardes” (Mt 18.35)

O que não é perdão:
1. Negação da dor – muitas afirmam quem não doeu, ou que não foi grave. Isto não ajuda o processo de cura. Seria melhor reconhecer que o que foi feito era grave, mas assim como foi grave nossa ofensa contra Deus e ele nos perdoou, assim também queremos perdoar;
2. Desmemoriamento – Ou seja, perda da memória. Muitos afirmam que perdoar é “esquecer”. Na verdade, perdoar não é “deletar” o que foi feito, mas lembrar do evento, sem associá-lo a uma experiência negativa.

3. Acerto de contas – Mais uma vez precisamos entender que quem perdoa, decide ficar no prejuízo, e quebrar o ciclo da malignidade que tanto fere. Assim como Deus, assumiu nosso lugar, pagando o preço por nossas vidas.

4. Karma – Este é um conceito espírita, não cristão. No espiritismo não há perdão, mas karma. A pessoa tem que pagar. Na cruz, Jesus assume o lugar do pecador. Há redenção. Perdão.

Por que Perdoar?

1. Para continuar nossa história a dois – Se não perdoarmos, não conseguimos mais caminhar juntos. Você opta por perdoar ou punir. Num caso, restauração; noutro – divórcio ou punição. Jesus afirma que divórcio não acontece por causa de infidelidade, mas por causa da dureza dos corações.

2. Os discípulos acharam dura esta posição de Jesus. “Se esta é a condição do homem relativamente à sua mulher, não convém casar” (Mt 19.10). Mas esta é a condição de Deus. Deus nunca propõe o divórcio, mas o perdão. Conflitos resolvidos significam perdão aplicado e vida restaurada.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Ex 20.3 Não terás outros deuses

Introdução:
O primeiro mandamento não adverte contra o ateísmo, mas contra o politeísmo. Isto faz um enorme sentido: O grande problema do homem não é a descrença de Deus, mas a incapacidade de viver sem deuses.
“Podemos encontrar cidades sem paredes, sem literatura, reis, casas ou dinheiro, sem ginásios ou teatros, mas nunca veremos uma cidade sem templo e deuses. Não existe nenhuma nação tão bárbara ou raça tão bruta que não esteja imbuída da convicção de que há um Deus”. (Plutarco)

O problema não é o “a-teísmo”, mas o “poli-teísmo”.

Questão Essencial: “Por que não ter outros deuses se não existe outro Deus além do Deus único e verdadeiro? Por que proibir a adoração de outros deuses se estes não passam de imaginação ou projeção de temores e desejos do coração humano?”.

“Existe algo ou alguma coisa que temo, sirvo, confio e amo mais que a Deus?” Precisamos tomar consciência da natureza, poder e extensão da idolatria em nossa vida.

Os deuses que governam nossas vidas se apropriam de muitas máscaras e faces, recebem diferentes nomes, mas cada um deles exige, a seu modo, adoração, liturgia e cultos apropriados. Onde você coloca seu coração é exatamente onde se encontra o nicho de sua divindade. E isto atinge a todos: protestantes, católicos, espíritas, ateus, agnósticos. Todos nós construímos altares aos deuses que controlam nossa vida.

“Procure que somente Eu seja o teu Deus e não busque a nenhum outro. Os bens que te faltam, espera-os de mim (...) Não faça o teu coração depender de nada, nem confies em nada que não seja Eu mesmo, nenhum ídolo deste mundo: o dinheiro, a erudição, o poder, outros homens”
(Lutero).

Os primeiros mandamentos possuem uma conexão direta com a adoração que devemos dar a Deus:
 Não terás outros deuses diante de mim. Ex 20.3
 Não farás para ti imagem de escultura. Ex 20.4-5
 Não dirás o nome do Senhor teu Deus em vão Ex 20.6
 Lembra-te do dia de sábado, para o santificar. Ex 20.8

Qual o pecado mais comum em Israel? Idolatria (Ex 32.1-35). Por isto Lutero afirmava que se guardarmos o primeiro mandamento, guardamos todos os demais. A idolatria é a raiz da queda humana e da desobediência.
Por que a idolatria é tão fascinante? No coração humano, existe um fascínio para os ídolos, eles nos atraem. Através dos ídolos, tentamos fazer deuses à nossa imagem e semelhança, que possam ser manipulados por nós. Tentamos criar deuses que reflitam nossas fraquezas de caráter e que não nos faça nenhuma pergunta sobre nossa atitude moral, decisões éticas e espirituais.
O ídolo fascina porque nos faz crer que precisamos dele para nossa felicidade, para satisfazer nossa vida e preencher o vazio. Um ídolo surge quando desejamos alguma coisa além de Jesus. Quando tememos coisas mais que a Deus, quando adoramos a nós mesmos mais que a Cristo, quando colocamos a nossa confiança em alguma coisa além de Jesus.
A razão pela qual nós nos identificamos com ídolos é compreensível.
Quando nos separamos de Deus, experimentamos um sentimento de vazio, de necessidade, de deficiência e alienação e para preenchermos nossas necessidades, corremos para os ídolos. Assim, amamos, desejamos, confiamos, tememos, adoramos outras coisas além de Deus para nos dar alegria, paz, liberdade, identidade, controle, felicidade, segurança, realização, riqueza, prazer, significado, aceitação e respeito.
Algumas vezes nossos ídolos são claramente errados. Contudo, as coisas que desejamos freqüentemente são boas em si mesmas, como ter uma criança com um bom comportamento, reputação, respeito de outras pessoas, mas mesmo coisas boas freqüentemente passam a governar nossas vidas podendo se transformar em nossos ídolos. A obsessão por emagrecimento, beleza, conforto e bem estar, ou por estabilidade financeira, podem controlar nosso coração de uma tal forma que nos esquecemos que só precisamos mesmo de Deus.

Os ídolos se apresentam disfarçadamente e nos fazem pensar que não podemos viver sem eles. Existem por aí muitos substitutos de Deus. Alguns exigem sacrifícios tremendos e mesmo assim nós os atendemos; reclamam devoção, ofertas e nos dão a impressão de que não podemos viver sem eles. Por isto, o primeiro mandamento fala da exclusividade de Deus.
O problema da Idolatria é recorrente nas Escrituras Sagradas. Sempre existe a tentação de “outros deuses”, que exerce um grande fascínio sobre nós. Atualmente os ídolos são mais sofisticados conforme nos adverte Walsh. Os ídolos atuais são psicológicos, imateriais, espirituais. A Bíblia fala de vários tipos de ídolos:
1. Ídolos da casa - O VT usa várias vezes esta expressão. Pessoas que cultivavam determinados ídolos domesticados para protegê-los. Quais são os nossos ídolos familiares?
A Bíblia nos mostra Raquel roubando os ídolos da casa de seu pai, e levando-os consigo. Apesar de tudo que ouvira de Jacó, ela ainda encontra-se presa pelos ídolos de sua história familiar, que provocam discussões e acusações. Raquel engana seu pai e leva consigo seus ídolos familiares. Quais são os ídolos que nossos lares tem construído e cultivado. Lares vivem farsas históricas, mantendo uma neurótica relação de co-dependência, justificando-o em nome da boa reputação e do nome familiar.
2. Ídolos nacionais - Os povos antigos criavam seus deuses “políticos”. Baal, Astarote, Moloque, etc. Quais são os ídolos de nossa nação? Nossa sociedade? Poder? Prestígio? Dinheiro? Ou quem sabe: Ciência, tecnologia, economia? Precisamos entender tais ídolos de forma corporativa e confessá-los como uma nação.
3. Ídolos muitas vezes são coisas boas criadas por Deus, que são transformadas e pervertidas do seu sentido original - Ex. Ciência, Tecnologia, política;
4. Ídolos da religião – como facilmente as religiões constroem suas “vacas sagradas”, que vão desde o orgulho, até às tradições, paramentos, rituais. Juan Carlos Ortiz chama isto de “Evangelho dos Santos Evangélicos”.
Ídolos sempre falham. Não são dignos de confiança. Você não pode firmar os pés neles. “Tem olhos, mas não vêem…(Sl 115).” Tecnologia, Ciência, etc. Ídolos tomam o lugar de Deus como rei e desfaz em nós a imagem de Deus. Por esta razão, a idolatria é tão condenada nas Escrituras.

Deixe-me dar uma lista de exemplos de idolatrias sutis, voltando à pergunta que fizemos:
a. Medo – A quem ou o que tememos?
b. Confiança – Em que ou em quem colocamos nossa confiança?
c. Desejo – O que tem se tornado o objeto de meu desejo?
d. Amor – Quais são as coisas que mais amo, que tem assumido primazia, acima de Deus, em minha vida.

Lutero disse que normalmente quebramos os outros mandamentos por causa da quebra deste primeiro. É por acharmos que outros deuses podem nos dar prazer mais que o Deus verdadeiro é que nos submetemos a eles e o adoramos. Quem perde o temor, confiança e amor ao Deus verdadeiro, pratica toda espécie de sordidez.

“Um ídolo não é somente uma estátua, um fetiche, mas pode ter muitas formas e disfarces, porém uma coisa é comum aos ídolos: eles cegam
os homens e não deixam que vejam a verdade, tiram a liberdade e sacrificam vidas”.

Conclusão:É interessante notar que Deus afirma: “Não terás outros deuses diante de mim”. O Problema é bem mais serio que imaginamos: construímos deuses e ainda o levamos diante de Deus. Fico pensando no que isto pode significar.
Muitas das nossas orações são idolátricas. Pedimos a Deus que nos dê determinadas coisas que são verdadeiros deuses para nossas vidas, mas Deus pede que os quebremos.
 Oramos por um determinado namoro, quando Deus nos diz que não apenas nos quer dar, mas ainda que tal ídolo seja quebrado.
 Um negócio idolátrico: que tem destruído nossa vida, nos distanciado de Deus, nos levado a compromissos e pactos que exigem atitudes que agridem o coração de Deus. Oramos pelo sucesso deste empreendimento quando Deus está pedindo que a gente não tenha deuses diante dele, e não o apresentemos a Deus.
 Certo homem disse ao seu pastor que precisava de oração de poder. O pastor replicou: “Para que? Para justificar ainda mais sua atitude de manipulação e controle? Para tornar Deus seu aliado na arrogância?”
Deus pede ao seu povo que quebre seu ídolo.
Deus disse a Abraão: “Eu quero seu filho”. Deus estava lhe dizendo: “Eu lhe basto!”. Abraão entendeu isto e abriu mão do seu grande amor, para recebê-lo de forma mais plena.
Um membro de nossa igreja viu seu filho, de apenas dois meses de idade, ter um AVC hemorrágico. Em qualquer idade é uma doença pesada, mas em crianças desta idade, a possibilidade de vida é de apenas 10%, sendo que nestes há uma grande possibilidade de graves seqüelas. Indo para a sala de cirurgia, sua mãe lhe disse: “Deus não tem o direito de fazer isto com seu filho”. E ele respondeu: “Mãe! Ele é Deus! Ele tem o direito de fazer o que quiser com a vida de meu filho. Antes de ser meu, ele é de Deus!”. Felizmente esta criança sobreviveu, sem qualquer seqüela. Deus quis evidenciar nesta vida sua graça.

Ez 14.1-8 Ídolos do coração

Introdução:

Quando falamos de ídolos, geralmente pensamos nas figuras caricaturais de pagãos elevando suas preces a esculturas bizarras e representações de animais ou pessoas de sua devoção (Is 44.16-17). Uma definição simples de ídolo, porém, é tudo aquilo que ocupa nosso coração ao invés de Deus. Precisamos reconhecer a tendência que temos em nosso coração em não crer em Deus e criar substitutos em nossa vida.
O profeta Ezequiel fala de “Ídolos do coração”. Representações divinas que construímos na nossa alma e que se tornam substitutos de Deus.
 “Um ídolo é algo dentro da criação que é colocado de forma inflacionada a assumir o lugar de Deus. Todas as coisas podem se tornar potencialmente em ídolos. Um ídolo pode ser um objeto físico, uma propriedade ou uma pessoa, uma atividade, uma regra, uma instituição, uma esperança, um prazer, um herói…Sendo isto verdade, como poderemos determinar quando alguma coisa é …um ídolo?” Richard Keyes
A Questão essencial: "Há alguma coisa ou alguém, além de Jesus Cristo que tem assumido no nosso coração uma função de confiança, preocupação, lealdade, serviço, medo ou prazer?” Existe alguém ou algo que temo, amo, confio ou desejo - Mais que a Deus?
Em Êxodo 32.1-4,19-24 lemos que o povo abandona o Senhor e constrói para si uma representação de um Deus, em formato de bezerro de ouro, e passa a adorá-lo. Tão logo Moisés desapareceu por 40 dias, seu irmão Arão, resolve fazer um deus, um ídolo. (Ex. 32) Arão dá uma desculpa esfarrapada e joga a culpa no povo. “Tu sabes que o povo é propenso para o mal” (vs.22) e justifica-se: “eu o lancei no fogo, e saiu este bezerro” (Vs. 24).
Há uma tendência em nosso coração em não crer em Deus e em criar substitutos para Deus: Invocamos mortos, deidades, nos dirigimos aos ídolos, criamos mitos e representações simbólicas, idolatramos objetos, mas não oramos a Deus. São distrações...
Para Lutero, idolatria é o pecado detrás de todos os pecados.
O Profeta Ezequiel fala que o problema está no coração do homem.
Considere, por exemplo, a ansiedade, que pode se tornar obsessiva e controlar todo nosso estilo de vida. Para Jesus, a ansiedade demonstra que não estamos firmados em Deus. “Os gentios é que se preocupam com estas coisas” (Mt 6.25-34). Considere o fato de que, diante de uma situação na qual temos controle, ou nos impressionamos com as circunstâncias ou com o Deus que controla as circunstâncias. A fé nos convida a re-significar a experiência, isto é, olhar o fato com a perspectiva de Deus. Quem confia em ídolos, fica apavorado diante das circunstâncias adversas – quem confia em Deus, pode até saber que os fatos não são nada animadores. Mas ainda assim, se alegra no Deus de sua salvação.

Por que os povos do antigo Testamento são atraídos aos ídolos?1. O grande problema da nossa vida é a dificuldade que temos de dar a Deus a centralidade de tudo que fazemos (Rm 1.18-23). Num nível motivacional nós não queremos dar a honra que Deus é merecedor, por isso criamos ídolos, ou melhor, estabelecemos coisas como deuses para nossas vidas. Para negarmos o controle de Deus sobre nossas vidas, nós escolhemos outras coisas que possam ser substitutos de Deus. “Eles mudaram a verdade de Deus em mentira, adorando e servindo a criatura em lugar do criador” (Rm 1.25). Por isso, distorcemos a vida e seguimos a mentira.
Tim Keller. “Na base de nossas escolhas, nossa estrutura emocional, nossa personalidade é um falso sistema de fé centralizado em um ídolo". Os homens “mudaram a glória de Deus” (Rm 1.23). Por esta razão, todo ser humano torna-se escravo. Ninguém de fato é livre porque para quem damos a vida, somos obrigados a servir. Os homens “Adoraram e serviram a criatura em lugar do criador” (Rm 1.25), isto é, quando passaram a adorar, passaram também a servir.
Mesmo após nossa conversão, facilmente somos distraídos pelos “ídolos de nosso coração”. Os homens “Levantaram ídolos dentro do seu coração” (Ez 14.3). Ídolo tem a ver com nosso coração. Deus revela aqui não que estas pessoas adoravam determinados ídolos feitos em barro, mas que os ídolos estavam arraigados nos seus corações.

2. O ídolo controla o coração. Ídolos afetam o coração, tomam o espaço da alma. Ídolos são forjados dentro dos corações (Ez 14.4).
Rm 1.18-23 afirma que os homens trocaram a mudaram a verdade de Deus em mentira e passaram a adorar e servir a criatura em lugar do criador.
Veja como é o processo da degradação.
Mudam a verdade
Passam a adorar
Passam a servir
(Rm 1.25).
Toda problemática começa com a conceituação. O problema, antes de tudo é filosófico, ou se preferir, teológico. Os homens mudaram a verdade de Deus em mentira. Os deuses, porém, que eles mesmos criam, passam a ser objeto de sua adoração, e posteriormente os escravizam, já que passam a servi-lo.
“Estes homens levantaram ídolos dentro de seu coração” (Ez 14.3). Ídolos tem a ver com o coração.

3. O ídolo, também, nos faz pensar que é impossível ser feliz sem sua presença– Qualquer que seja a sua idealização da divindade, ela cria falsa sensação de segurança, mas ameaça também seu criador, levando-o a crer que é impossível viver sem este Deus.
Existem várias formas idolátricas bem conhecidas.
 Glotunaria - transforma a comida em sua obsessão. No Império Romano, as pessoas tinham pias vomitórias, passavam pena na garganta, vomitavam e voltavam a comer.
 Ambição - Torna-nos escravos do sucesso. A fama não tem limites dentro do coração humano. Perguntaram certa vez a Rockefeller, o homem que foi considerado o mais rico do mundo, quanto a mais de dinheiro ele queria, e ele respondeu: “Só um pouquinho a mais”.
 A luxúria - Nos faz depender de sexo e pornografia. Pornografia é viciante, e as pessoas passam a querer doses cada vez mais fortes.
 Ganância do dinheiro – nos faz viver em torno do lucro. Vendemos nossa alma, nossa saúde, nossa espiritualidade, por um bocado de dinheiro, para termos uma vida mais glamorousa, um carro mais esportivo, uma casa num bairro melhor.
 Vaidade – nos torna prisioneiro de nossa estética. Mulheres escravizadas pela beleza, que não conseguem mais encontrar prazer em se alimentar.
 Trabalho – vivemos embriagados pelo nosso serviço, nos viciamos em produtividade.
Os ídolos nos fazem crer que se não tivermos estas coisas não podemos ser felizes. Karl Meninger, no livro Pecados de nossa época, fala de um paciente que estava adoecido, porque, apesar de muito rico, era demasiadamente apegado aos seus bens. Num encontro, aquele homem percebeu isto, e o terapeuta o desafiou então a superar esta relação de apego com seus bens, doando parte deles para entidades que pudessem investir em vida. Aquele homem respondeu: “Eu sei que é necessari0o fazer isto, mas não posso imaginar tocando nos meus bens, eu morreria se desse mesmo uma pequena parte”.

4. Ídolo é um sempre um substituto de Deus - O pecado nos predispõe a querer viver de forma independente de Deus. “Adoraram a criatura em lugar do criador” (Rm 1.25).
 Trabalho - pode se tornar um ídolo se o perseguimos de uma forma que ignoramos as responsabilidades espirituais;
 Família – Mesmo sendo uma instituição divina, pode se tornar um ídolo;
 Bem-estar - um desejo legítimo torna-se um ídolo quando não nos desestabilizarmos por causa de nosso conforto.

O que tem ocupado o meu coração? Alguma coisa ou alguém está tomando o lugar de Deus em minha vida? O que tem ocupado minha mente?

5. Ídolos do coração nos dão uma falsa sensação de controle, temos a impressão de que temos poder, mas na verdade, é ele que nos controla.
Certo estudante de psicologia estava estudando a teoria comportamental e trabahando num laboratório com seu ratinho. Dias depois, o ratinho comentou com o outro rato que estava do seu lado: “acho que aquele rapaz está condicionado, porque todas as vezes que eu aperto esta barra ele me dá comida e água...”
 Os ídolos criam falsas leis, falsas definições de sucesso e fracasso, de valor e significado. Fazem promessas de benção e maldição para aqueles que seguem suas leis ou a desobedecem. Por exemplo: “Se fizer bastante dinheiro, estarei seguro”, ou, "Minha vida será bem sucedida se"…ou, "as pessoas me respeitarão e vão gostar de mim, se"…

O resultado, segundo Oden, é que nos tornamos escravos destes ídolos.
 Torno-me ansioso na medida em que idolatro valores finitos.
o E.g Idolatria do corpo - Torno-me frágil e ansioso quando percebo que ele não tem mais aquela estrutura bonita.
o Idolatria do sucesso - Me desespero quando não estou em evidência.
o Idolatria do dinheiro - Não consigo pensar na idéia de viver sem ele;
 Sinto-me culpado quando tais ídolos, por alguma razão, não mais exercem influencia sobre minha vida.
 Experimento vazio e falta de sentido. Alguns chamam isto de desespero, e as formas mais brandas são o desapontamento, desilusão e cinismo.

Conclusão:Para lutar contra um inimigo tão astuto, precisamos construir uma liturgia dos nossos afetos para Deus, o único merecedor de nossa adoração.

1. Desmascarando os ídolos – Este é o primeiro caminho. Quando Moisés chegou ao arraial, ele quebrou os ídolos. Mostra a fragilidade daquele bezerro de ouro (Ex 32). O ídolo precisa ser denunciado, desmascarado. Ídolos criam um campo de ilusão acerca deles.
Scott Peck, no seu livro: “O Povo da Mentira” afirma que o mal é como fungo e mofo, cresce melhor na penumbra. Por isto Jesus afirmou: “Eu sou a luz do mundo, aquele que me segue, não andará em trevas”. Precisamos convidar Jesus para iluminar os segredos e desvarios de nosso coração.

2. Regozijando na graça e na obra de Jesus – Precisamos admitir que temos buscado segurança em nossos esquemas, e na nossa justiça própria, mas a grande mensagem do Evangelho é que nós somos aceitos em Cristo. Todos os nossos problemas surgem porque nos esquecemos quão amados nós somos por meio de Jesus, quão honrados, quão bonitos, quão seguros, quão ricos, quão respeitados e livres somos em Jesus. Todas as outras formas de encontrar sentido e prestígio são vãs. Precisamos confiar somente em Jesus.

3. Guardando-se dos ídolos – Nosso coração precisa estar atento às sofisticadas formas de se revelar em nossas vidas. “Filhinhos, guardai-vos dos ídolos” (I Jo 5.21). Walsh e Middleton desafiam nos desafia a uma obediência que requer de nós, quatro condições:
"Precisamos abandonar nossos ídolos,
Reconhecer a multidimensionalidade da vida
Responder em obediência as normas de deus para suas criaturas,
E vivermos em comunidade com outros num caminho renovado de vida”.

Bibliografia:Richard Keyes, “The Idol Factory” in No God But God (Chicago: Moody Press, 1992)
Oden, Thomas C., Two worlds: Notes on the death of modernity in America and Russia
Peck, Scott M., People of the Lie - The Hope for Healing Human Evil, New York, Simon and Schuster, 1983
Walsh, Brian J. / Middleton, J. Richard - Visão transformadora - Moldando uma cosmovisão cristã – São Paulo, Casa de Cultura Cristã, 2010.

1 Jo 5.21 "Filhinhos... Guardai-vos dos ídolos"

Introdução:

O Profeta Isaías descreve a idolatria como um processo de loucura: "Metade queima no fogo e com ela coze a carne para comer; assa-a e farta-se; também aquenta e diz: Ah! Já me aquento, contemplo a luz. Então, do resto faz um Deus, uma imagem de escultura; ajoelha-se diante dela, prostra-se e lhe dirige a sua oração, dizendo: Livra-me porque és o meu deus" (Is 44.16-17).
De fato, esta idolatria bizarra, praticada por centenas e milhares de pessoas no mundo em torno objetos de metais ou barro, é bem mais que ridícula – ela só pode ser compreendida como um processo de decadência espiritual da raça humana. Ainda hoje, milhares de pessoas se curvam diante de imagens de barro e gesso, adoram, oram, trazem suas oferendas e servem a estas imagens.

Certamente este é um tipo de idolatria, mas idolatria pode assumir uma dimensão bem maior na alma humana. Ela pode sofisticar-se e mascarar-se de tal maneira, que nos consideramos seguros com as representações divinas e idolátricas que constantemente criamos. Qual a diferença entre colocar nossa confiança num objeto de metal, ou numa grotesca imagem ou colocar nossa confiança em pessoas e coisas nas quais tanto confiamos?
O Novo Testamento adverte os cristãos quanto a idolatria.

• 1 Co 10.14 – “Portanto, meus amados, fugi da idolatria”.

• Gl 5.20 - Lista a idolatria entre os pecados da carne, portanto, trata-se de alguma coisa interna alimentada no coração.

• Cl 3.5 – “Fazei, pois, morrer a vossa natureza terrena: Prostituição, impureza, paixão lasciva, desejo maligno e avareza, que é idolatria”. Não é interessante pensar que idolatria é impulsionada por esta natureza espiritualmente caída e distanciada de Deus? Nossa natureza terrena, produz impureza, e igualmente idolatria. Você sabia que a avareza é idolatria?

• Em 1 Jo 5.21 quando João está encerrando sua carta, coloca esta nota de rodapé, um lembrete final, um post-scriptum: "Filhinhos, guardai-vos dos ídolos" (1 Jo 5.21). Será que os cristãos evangélicos podem criar ídolos? Então, o que é um ídolo?

O que é um ídolo?O problema da Idolatria é recorrente nas Escrituras Sagradas. Sempre existe a tentação de “outros deuses”, que exerce grande fascínio sobre nós. Atualmente os ídolos são mais sofisticados
O Livro Transforming Vision trabalha com muita propriedade a idéia de como os ídolos agem num nível cultural. Para os autores, idolatria é essencialmente uma declaração de autonomia e independência de Deus e em toda raiz da desobediência, encontra-se a idolatria. Os atuais ídolos são psicológicos, imateriais, espirituais.
Um ídolo é qualquer coisa que cremos ser necessário, além de Jesus, para nos fazer felizes, satisfeitos ou plenos. Um ídolo surge quando desejamos alguma coisa além de Jesus. Quando tememos coisas mais que a Deus, quando adoramos a nós mesmos ao invés de Cristo, quando colocamos a nossa confiança em alguma coisa além de Jesus; quando servimos alguma outra coisa além de Jesus.
A razão pela qual nos identificamos com ídolos não é difícil de ser detectada. Quando nós nos separamos de Deus, experimentamos um sentimento de vazio, necessidade, deficiência e alienação e para preenchermos nossas necessidades, corremos para os ídolos. Assim, amamos, desejamos, confiamos, tememos, adoramos outras coisas além de Deus para nos dar alegria, paz, liberdade, identidade, controle, felicidade, segurança, realização, riqueza, prazer, significado, aceitação e respeito. Algumas vezes nossos ídolos são claramente errados. Contudo, as coisas que desejamos freqüentemente são boas em si mesmas, como ter uma criança com um bom comportamento, reputação, respeito de outras pessoas, contudo mesmo coisas boas freqüentemente passam a governar nossas vidas podendo se transformar em nossos ídolos.
O pecado número 1 dos cristãos, e o que mais nos afasta de Deus, é nossa justiça própria. A salvação pela graça revela nossa incapacidade, e traz toda a glória para Deus.
Por que será que a doutrina da Soberania de Deus encontra tanta resistência na história? Na verdade, porque nada mexe tanto com nossos ídolos, teomania (Nouwen), orgulho e vaidade que esta doutrina. Dependemos de Deus.
Por que não oramos? A questão essencial não tem a ver porque oramos, mas com nossa dificuldade em depender de Deus.

Exemplos:
 Medo obsessivo de fracasso pode me governar e me dominar completamente, de tal maneira que passo a viver constante angustiado. Eu temo o meu futuro e não confio a Deus a minha vida, mas passo a ser mentalmente dominado por este medo que passa a exercer o controle minha vida.
 Qual medo domina sua vida? Quando confiamos no sistema ou nossos métodos, na nossa onipotência e não em Deus isto é sinal de idolatria. Quem você pensa que controla sua vida? Os ídolos nos fazem crer que circunstâncias, controles externos é que fazem isto, e tiramos assim os nossos olhos de Deus.
 É bom entender que tais categorias não são estáticas, mas dinâmicas. Por exemplo, temer que o dinheiro vai faltar e ficar dominado pelo pensamento de que não terá no futuro para as suas necessidades, faz você pôr seu coração e sua confiança nos bens que possui.
 Confiar no dinheiro para suas luxúrias e em posses pode revelar onde está o seu tesouro. Dinheiro pode se tornar um ídolo ao qual passamos a servir e obedecer. Sendo ele uma entidade, sempre exigirá de nós adoração.
 Considere os tipos de comportamentos ou pecados de superfície que podem virar ídolos em nossos corações. Pense nos três pontos acima: A quem eu temo, em quem confio, o que desejo?
 Considere novamente a avareza, que é idolatria. Um dos ídolos de nossa cultura e de nossa geração. Como você pode saber que isto é um ídolo em sua vida? Como funciona seu desejo, confiança e medo em relação a ele?


A Bíblia fala de vários tipos de ídolos:
1. Ídolos da casa - O VT usa várias vezes esta expressão. Pessoas que cultivavam determinados ídolos domesticados para protegê-los. Quais são os nossos ídolos familiares? Jesus veio nos livrar do fútil procedimento que nossos pais nos legaram (1 Pe 1.18).

2. Ídolos nacionais - Os povos antigos criavam seus deuses “políticos”. Baal, Astarote, Moloque, etc. Quais são os ídolos de nossa nação? Nossa sociedade? Poder? Prestígio? Dinheiro? Precisamos entender tais ídolos de forma corporativa e confessá-los como uma nação.

3. Ídolos muitas vezes são coisas boas criadas por Deus, que são transformadas e pervertidas do seu sentido original - Ex. Ciência, Tecnologia, política;


A falácia dos ídolos?
1. Ídolos sempre falham. Não são dignos de confiança. Você não pode firmar os pés neles. “Tem olhos, mas não vêem… (Sl 115). Sejam estes ídolos pedaços de madeira ou pedras, ou mais sofisticados como Tecnologia, Ciência, etc.

2. Ídolos tomam o lugar de Deus como rei e desfaz em nós a imagem de Deus. Ídolo é tudo aquilo que substitui o lugar de Deus: Dinheiro, prazer, imagens, uma pessoa querida. “Deus nos fez à nossa imagem e semelhança, mas o homem decidiu criar outros deuses, à sua imagem e semelhança”. Por isto são tão atraentes e exercem tanto fascínio. Podem ser manipulados, refletem nossa fraqueza de caráter.

3. Deus odeia ídolos. Deus afirma que não divide sua glória com ninguém. Ídolos têm a tendência de nos distrair e colocar nosso foco da adoração e segurança em outras coisas. Ídolos nos fazem crer que podemos tirar Deus do centro de nossas vidas. Eles não exigem nenhum compromisso, nenhuma decisão ética ou comportamento. A raça humana, desde que nossos pais pecaram, possuem o que Henry Nouwen chamou de “Teomania”, ou “Mania de Deus”. Queremos estar no centro, nos transformamos na nossa própria divindade.

Conclusão: Bebendo água do mar

Em 1 Jo 5.21 é uma recomendação ao cristãos evangélicos. O objetivo é nos levar a
tomar consciência da
Natureza
Poder
Extensão
Da idolatria em nossa vida.

A diferença entre confiar em ídolos e confiar em Jesus, é a mesma entre beber água salgada e água fresca. Duas coisas acontecem quando você bebe água do mar: você fica com mais sede e começa a enlouquecer. Idolatria é como beber água do mar. Sua visão da realidade torna-se embotada. Coisas que pareciam tão erradas no passado tornam-se aceitáveis agora, mas mesmo assim, você não está satisfeito. Um deus falso é apenas um deus falso. Ele mente. Promete vida, mas traz morte (Somente o Deus vivo pode nos abençoar e nos encher com vida. Somente Jesus é a água da vida, água fresca que sacia a nossa sede.
Qual pecado de superfície em sua vida indica alguma forma de idolatria? Como você acha que este ídolo se manifesta em outras áreas de sua vida?
Samuel Vieira
Samuelipca@hotmail.com
revsamuca@blogspot.com.br

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

EVANGELIZAÇÃO X PREDESTINAÇÃO


A soberania de Deus e a responsabilidade humana - Série em Romanos ...


Introdução:

Existem alguns temas nas Escrituras que são difíceis de conciliar:

1. Como o Deus Pai, Filho, Espírito Santo podem ser três pessoas subsistindo em forma de uma só?

2. Como conciliar a pessoa teantrópica de Cristo. Ao mesmo tempo 100% humano e 100% divino?

3. Como a responsabilidade humana e a soberania de Deus podem andar juntas?

4. Se Deus sabe de todas as coisas antes que a peçamos, por que pedir, e ainda mais difícil: Se oração não muda o coração de Deus, por que orar?

No Livro "Evangelização e Soberania de Deus" de J.I. PACKER ele procura tratar destas questões. 

-Se Deus controla todas as coisas, por que evangelizar? 
-A soberania de Deus enfraquece a Evangelização? 
- Há contradição entre Predestinação e Evangelização?

Para Packer, trata-se de um antinômio da revelação de Deus contida na Bíblia. Um antinômio não é um paradoxo, mas “uma contradição entre conclusões que parecem igualmente lógicas, razoáveis, ou necessárias”. Naturalmente trata-se de uma contradição aparente e há razões para se crer tanto numa quanto na outra. No paradoxo, não são os fatos que dão idéia de contradição, mas as palavras.

Eis alguns exemplos de paradoxos:

“Sou livre, quando sou escravo”

“Entristecidos, mas sempre alegres”

“Nada tendo, mas possuindo tudo”.

Nestes casos, diz Packer, a contradição é verbal, não real. Isto é paradoxo.

No antinômio, precisamos aceitá-lo como ele é, e aprender a viver com ele. É algo que não compreendemos no presente, mas que são complementares.

Por exemplo, na física escalada, 1 + 1+ 1= 3, mas nos números vetoriais, o resultado pode ser 1. 

Quando falamos de paralelas, pensamos em duas linhas retas que andam juntas e nunca se tocam, mas quando vamos para física quântica sabemos as paralelas se tocam no infinito.

Considere, portanto, dois atributos de Deus: 

-Ele é ao mesmo tempo juiz e rei. 
     Como juiz, o ser humano torna-se responsável pelas escolhas morais que faz e é julgado por elas.      Como rei, Deus é soberano: Ele ordena, governa e controla todas as coisas, e nada acontece sem sua ordem, inclusive no plano da salvação, já que ele escolhe e predestina para a salvação.

A Bíblia trata as duas coisas de forma simultânea, sem nenhuma crise. 

Se o homem não reconhecer Jesus como Filho de Deus, e seu salvador pessoal, está eternamente perdido (Jo 3.18), mas ao mesmo tempo a Palavra de Deus nos afirma que são salvos todos aqueles que foram “destinados à vida eterna” (At 13.48). 

Entretanto, precisamos manter com igual ênfase as duas verdades aparentemente conflitantes. 

Deus é juiz soberano, as pessoas serão condenadas se não obedecerem ao que Ele diz. Serão condenadas porque rejeitaram a salvação, por meio de Jesus, que Ele nos ofereceu.

Em Rm 9, vemos um tratado tremendo sobre os “decretus horribilis”, Paulo afirma que não depende de quem quer, nem de quem corre, mas de Deus usar sua misericórdia. (Rm 9.16) Afirma ainda que Deus odiou Esaú, antes dele ter nascido, “para que, o propósito de Deus quanto à eleição, prevalecesse” (Rm 9.11). 

Estas afirmações são fortes e soam agressivas para o homem, contudo, quando entramos no capítulo 10, o mesmo Paulo que fala tão seriamente da escolha de Deus, está orando pela conversão dos judeus (Rm 10.1), e afirma que é necessário pregar, pois sem a pregação do Evangelho, o homem não pode se converter e ser salvo. Por isto é necessário pregar (Rm 10.11-14).

Se a salvação depende da predestinação como ele argumenta de forma tão veementemente no capítulo nove de Romanos, porque precisamos pregar? Aliás, Paulo inicia o capítulo 10 dizendo que orava pela salvação dos judeus. Se os judeus estavam eleitos seriam salvos, não é esta a lógica que podemos desenvolver? Entretanto, Paulo ora. Porquê? A resposta é: O Deus que cria os fins, cria também os meios. Faz parte da economia divina, a oração e a pregação para salvação dos perdidos. 

Você crê na soberania de Deus? 

Packer afirma que cremos, por duas razões:

1. Deus é soberano no mundo por ele criado. É por isso que oramos porque sabemos que Deus é soberano. Se não entendermos que Deus controla todas as coisas, não faz sentido orar.

2. Deus é soberano na salvação.
        a. Você dá graças por sua salvação?
        b. Você ora pela salvação dos outros?

Estas duas atitudes naturais do homem de fé indicam que de fato cremos que Deus é soberano. Deus é soberano no mundo por ele criado, por isso oramos. Deus é soberano na salvação, por isto agradecemos a salvação.

Packer adverte, que existem dois perigos quando não consideramos estes dois lados da questão:

1 – Preocupação exclusiva com a responsabilidade humana

Quando isto acontece, afirmamos que os homens são responsáveis e nos esquecemos que o homem sem Cristo está morto, incapaz de se inclinar para Deus, e que somente com o toque do Espírito Santo ele poderá se voltar a Deus. E somente através da graça de Deus ele poderá reviver espiritualmente. Precisamos sempre lembrar que usamos nossos dons e talentos, evangelizamos, mas somos apenas instrumentos:

       -At 13.48;
       - 2Tm 2.10;
        - Tt 1.1;

Quando só olhamos para a responsabilidade humana, nos esquecemos de que é Deus quem faz, e deixamos de glorificá-lo. Podemos usar todos os meios para convencer pessoas a se renderem a Cristo, como Paulo faz em 1 Co 9.19-23, mas na evangelização, precisamos entender que a soberania de Deus deve nos orientar no planejamento, oração e na ação.

Podemos chamar este risco de “Antropocentrismo Arminiano”, por colocar a ênfase na ação do homem, tirando a glória de Deus.

2 – Preocupação exclusiva com a soberania de Deus

Da mesma forma, quando nosso foco é apenas na soberania de Deus, os resultados negativos surgem imediatamente:

• Enfraquecimento da oração – Se Deus é quem faz, por que orar?

• Perda do impulso evangelístico – Não sinto a responsabilidade de pregar

• Perda da sensibilidade com o próximo - Não me aproximo do pecador para lhe compartilhar as boas novas. Torno-me passível em relação ao mandato missionário.

Duas ilustrações me ajudam a compreender este assunto:

Ilustração I: 
Certo fazendeiro calvinista se aproximou do seu vizinho metodista, que estava com uma lavoura muito bonita e lhe disse: “É meu irmão, Deus é realmente soberano e bom, veja como está sua plantação. A soja está bonita... Deus manda chuva no tempo certo e controla todas as coisas”. 

O arminiano respondeu: “É... eu sei que Deus é bom, mas não fosse a gente arrancar o mato, tirar os cupins, semear a cultivar a semente, acho que não teríamos esta lavoura bonita que temos aqui...” 

A preocupação exclusiva com a soberania de Deus, não traduz a mentalidade apostólica e bíblica.

Ilustração II: 
Dois séculos atrás, Willian Carey procurou o diretor da fraternidade de ministros da Inglaterra para falar do seu chamado missionário. A resposta foi: “Quando Deus quiser converter os pagãos, ele o fará sem a sua ajuda ou a minha”.

O calvinismo fatalista, não leva em consideração todos os lados da salvação, que inclui a eleição divina e a responsabilidade humana.

Como corrigir estas distorções?
A prevenção se dá quando cremos nas duas doutrinas e a mantemos diante de nós, igual e constantemente enfatizadas, para orientação e governo de nossas vidas.

Fl 2.12.14 é um texto que pode ser usado para nos esclarecer.
Ele nos desafia a “desenvolver nossa salvação”, e isto parece indicar uma ação humana. Mas ao mesmo tempo afirma que “Deus é quem efetua em nós tanto o querer (vontade), como o realizar (prática)”. Isto se refere á operação de Deus. 

Ele age na salvação e na santificação, mas a responsabilidade do versículo 12 recai, aparentemente, no homem. 

Nós precisamos usar com igual ênfase as duas verdades aparentemente conflitantes.

Perguntaram a C. H. Spurgeon. “como o Senhor seria capaz de reconciliar estas duas verdades? 
E ele respondeu: 
      “- Nunca! Elas não são inimigas e eu não preciso reconciliar amigos”.

Packer elabora algumas proposições, negativas e positivas|:

Quatro proposições negativas:

1. A graça de Deus, soberana, não compromete nada sobre a natureza da evangelização. Evangelizar é necessário. Nenhum ser humano pode ser salvo sem evangelização. (Rm 10.9-12). Quando Deus nos envia para pregar isto faz parte do seu propósito e estratégia para salvar a humanidade. Jesus cria na soberania de Deus, e pregava a salvação.

2. A crença de que Deus é soberano, não afeta a urgência da evangelização. Sem Jesus, o homem sem Deus está perdido e só lhe resta a condenação e o inferno. “Os campos estão brancos” – é tempo de colheita!

3. A crença na soberania não afeta a sinceridade do apelo. Nós não somos hipócritas, mesmo quando sabemos que salvação é obra de Deus no coração do pecador e apelamos por sua conversão. “Todo aquele que invocar o nome do Senhor, será salvo” (Rm 10.13), e o método de Deus é usar seus servos: “Como crerão se não há quem pregue?”.

4. A crença na soberania não afeta a responsabilidade do pecador. Em toda Escritura vemos que homem está perdido se rejeitar a salvação. Ez 18.31; Jo 3.19; 5.40. Hb 2.3: “Como escaparemos se negligenciarmos tão grande salvação?

Proposição Positiva:

A soberania nos fornece a única esperança de sucesso na Evangelização. 

Por que haverá colheitas? Porque há eleitos. 

O homem carnal, sem a operação do Espírito Santo, não pode entender, nem aceitar as coisas do Espírito. Será que, através da oratória, podemos ressuscitar o homem que está morto em seus delitos e pecados? Como empreendimento humano, a tarefa da evangelização é impossível. Fé é dom de Deus (Ef 2.8-9; At 11.18; 18.9; Jo 6.44)

Ao evangelizarmos, cremos na Chamada Eficaz que o Espírito Santo faz ao pecador. Por isto pregamos nesta promessa de Deus. Esta proposição gera três efeitos em nossas vidas

a. Nos torna ousados – O homem mais empedernido, ao ser tocado pelo Espírito Santo, se eleito, responderá a este maravilhoso chamado que Deus lhe faz. Portanto, nenhum homem, por mais distante que pareça, não pode ser alcançado pela graça de Deus. A graça de Deus pode salvar qualquer homem em qualquer circunstância.

b. Nos torna pacientes – Deus salva a seu tempo. Enquanto isto, semeamos com lágrimas e oramos pelos pecadores (Rm 10.1).

c. Nos torna homens de oração – Oração é a confissão de nossa impotência e necessidade (2 Ts 3.1). Pregação e oração devem andar juntas.


Conclusão:

Perguntaram a Adoniram Judson, numa das masmorras da antiga Birmânia (atual Mianmar), quais as possibilidades do evangelho fazer qualquer diferença na vida dos homens pecadores e depravados, e elas se converterem? Sua resposta foi: 

-“As possibilidades são tão grande quanto as promessas de Deus”.



terça-feira, 21 de junho de 2011

O Ministério de Jesus

O Ministério de Jesus
Mc 1.21-22

1. Impacta o coração do homem pela pregação – Mc 1.21-22

a. Pregação Fundamentada no Ensino – “Foi ele ensinar” Didaquê (Mc 1.21)
 Exposição da Palavra – Dihermeneuo – Lc 24
 Seu objetivo era explicar a Palavra, torná-la compreensível.
 Jesus ensinava. Ele trazia o pensamento de Deus aos homens.
 Pregar é traduzir o pensamento divino.
 Um pregador não pode ser filósofo, nem livre pensador. Ele é cativo da Palavra.

b. Pregação Diferenciada pela unção – Mc 1.22
 Sua Palavra não era mera repetição de verdades, eram engravidadas ação do Espírito. “Minhas palavras são espírito e vida”.
 Sua Palavra “aquecia o coração” dos ouvintes – Lc 24.32
 Jesus não se atinha à letra da Lei, mas dava profundidade ao Espírito da Lei – “Eu, porém, vos digo!”.
 Ruth Graham: Elias orou para Deus mandar fogo, antes de falar. Após a pregação, orou para Deus mandar chuva. Não é esta uma boa alegoria para a pregação ungida?

c. Pregação Aplicada aos ouvintes
– Mc 4.33
 Ele conhecia o público – Mc 4.33
 Ele adequava sua mensagem ao publico – Mc 4.33
 Comunicação não é apenas o que você diz, mas o que o outro entende.
o Cognitiva
o Intuitiva
o Relacional.
 Pregar é “construir pontes” (Stott)

Questões para consideração:
1. Minha pregação realmente facilita a compreensão da mensagem do Evangelho?
2. A figura do fogo e da chuva tem acompanhado a minha pregação?
3. Tenho levado em conta a cultura (capacidade dos ouvintes), ao anunciar o Evangelho?
4. O que você entende por “pregação é construir pontes?”.

2. Impacta o reino das Trevas – Mc 1.24
a. Sua presença desestabiliza a obra satânica. “Vieste para perder-nos?”
b. Sua presença Desmascara o inferno – Satanás é exposto.
 “Nós andamos nas brechas”.
 A presença de Cristo ilumina as trevas e confronta o mal.
c. Sua presença antecipa o julgamento de Satanás
 O nascimento de Cristo demarcou o julgamento do diabo – 1 Jo 3.8 comparado com Ap 12.1-12
 A cruz expões principados e potestades à vergonha – Col 2.14-15
 Satanás sabe seu destino final (Ap 20), mas foi pego de surpresa na manifestação de Cristo na história (Mt 8.29).

Questões para consideração: 1. Como a vivência de Cristo deve influenciar nossa abordagem pastoral?
2. Como o ministério impacta as trevas em nossos dias?
3. A Igreja tem sido eficiente na confrontação com os poderes das trevas? Como?

3. Traz Graça no meio da desgraça humana – Mc 1.32-34
a. Enfermidades e doenças são fatores limitadores da vida.
b. Deus visita a dor humana por meio de sua encarnação.
c. A presença de Cristo traz consolo na nossa dor.

Questões para consideração:
1. Como a compaixão e cuidado de Jesus tem afetado nosso chamado pastoral?
2. Para que realmente fomos chamados?
3. A misericórdia e a compaixão de Cristo tem sido a tônica da igreja em nossos dias?