domingo, 3 de novembro de 2013

Estratégias para Plantio e Revitalização de Igrejas - Ronaldo Lidório

Estratégias para Plantio e Revitalização de Igrejas - Ronaldo Lidório


Estratégias para Plantio e Revitalização de Igrejas
  
Nosso principal alvo neste seminário é a exploração da missiologia a partir da teologia bíblica com destaque nas estratégias que conduzem ao plantio de igrejas. Possuimos 3 objetivos:

·         Expor os fundamentos bíblicos quanto ao plantio de igrejas
·         Expor os elementos estratégicos essenciais no plantio de igrejas
·         Levar os participantes a refletirem sua dinâmica pessoal e ministerial no plantio de igrejas


Introdução

Tessalonicenses 1:5 – Os valores de comunicação do Evangelho

“... o nosso evangelho não chegou até vós tão somente em palavra, mas sobretudo em poder, no Espírito Santo e em plena convicção...”

  • Poder. Deus é a força empoderadora da missão.
  • Espírito Santo. Convence o homem que está perdido e precisa de salvação.
  • Plena convicção (pleroforia). Paulo estava certo da mensagem, do lugar, do tempo e da sua vocação.

Mateus 24: 14 - A necessidade de uma comunicação keygmática (inteligível e aplicável), e ao mesmo tempo martírica (autenticada com o testemunho pessoal).


1.       Contextualização

Missiologia e Teologia não devem ser tratadas como áreas separadas de estudo, mas sim como disciplinas complementares. A Teologia coopera com a Igreja ao fazê-la entender o sentido da Missão e a base para a contextualização do Evangelho. A Missiologia, por outro lado, dirige teólogos para o plano redentivo de Deus e os ajuda a ler as Escrituras sob o pressuposto de que há um propósito para a existência da Igreja no mundo.

Soren Kierkegaard, Willian James e Rudolf Bultmann promoveram o liberalismo teológico associado à contextualização: o universalismo e contextualização como forma de relativização de valores.

O contrapeso teológico e escriturístico veio em Lausanne, 1974.  Se cremos que Deus é o autor da Palavra, que o Evangelho “é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê” (Rm 1:16), e que “a justiça de Deus se revela no Evangelho” (v.17), entendemos a necessidade de comunicar esta Verdade, de maneira inteligível ao que ouve e teologicamente fiel às Escrituras. Entendemos também que o Evangelho promove mudanças, gera transformações no homem e na sociedade. É a Verdade de Deus que liberta todo aquele que crê.

O Evangelho: a necessidade de uma compreensão bíblica

Uma das maiores barreiras na evangelização é a nossa própria compreensão do Evangelho. Por diferentes motivos humanizamos o Evangelho nas últimas décadas em um processo reducionista e passamos a igualá-lo a nós mesmos. Quando se diz que o Evangelho está crescendo, ou está sofrendo oposição, o que de fato desejamos comunicar é que a “Igreja” está crescendo ou sofrendo oposição. Paulo, escrevendo aos Romanos no primeiro capítulo, porém, deixa bem claro algo que parece estar esquecido em nossos dias: nós não somos o Evangelho – o Evangelho é Jesus Cristo. Portanto, apresentar a Igreja não é evangelizar. Expor a ética cristã para a família não é evangelizar. Anunciar a própria denominação não é evangelizar. Evangelizar é apresentar Jesus Cristo, sua vida, morte e ressurreição, para salvação de todo aquele que crê.

Modelo bíblico de contextualização da mensagem

Observaremos três passagens bíblicas no livro de Atos (9, 13 e 17) nas quais Paulo proclama o Evangelho. Primeiramente a um grupo formado puramente por judeus. Em outra ocasião a judeus, mas com presença gentílica simpatizante ao judaísmo. Por fim para gentios totalmente dissociados do mundo judaico e de seus valores vetero-testamentários. Ficará evidente que Paulo jamais compromete a autenticidade da mensagem bíblica, porém a comunica com aplicabilidade sociocultural de forma que haja boa comunicação, utilizando os elementos necessários para tal.

Notem que aos Judeus Paulo lhes fala sobre o Deus da promessa, Aquele que lhes trouxe do Egito, pois estes conheciam o Deus da Escritura e se viam como os filhos da promessa. Eles entendiam que Deus se revelou a seus pais, que interagiu com seu povo ao longo da história, que lhes deixou as Escrituras.

Ao segundo grupo Paulo lhes fala sobre o Deus das promessas e da história de Israel mas, como havia entre eles gentios, lhes fala também do Messias que há de vir para a salvação de todo aquele que crê. Percebemos aqui neste texto que Paulo lhes apresenta o Evangelho com fortes evidências vetero-testamentárias, para os Judeus, além de um grave apelo moral e escatológico, para os gentios judaizantes.

Ao terceiro grupo, puramente gentílico, o Messias que há de vir não lhes transmitia nenhuma mensagem aplicável à sua história, pois era visto tão somente como o Messias Judeu. Eles não tinham as Escrituras que O revelavam nem as promessas e alianças. Eles não se enxergavam como filhos da promessa  e não se identificavam com Abrão e Moisés. Porém, eles se viam como os filhos da Criação. Possuíam tremenda atração pelas obras criadas e fascinação pela figura do Criador. Eram caçadores de respostas e estudiosos da religiosidade, qualquer religiosidade. Portanto, Paulo lhes pregou sobre o Deus da criação, aquele que era antes de qualquer outro, que detém o poder de fazer surgir, e mantém a humanidade e o cosmos. Ele lhes fala demoradamente sobre os atributos deste Deus que é único, soberano, próximo e perdoador. Finalmente lhes fala de Jesus como o centro do plano salvífico de Deus, apresentando-O como o Messias para toda a humanidade.

A abordagem inicial em cada grupo foi diferente, a partir de seu contexto de compreensão e vida. A exposição foi sempre bíblica, com elementos da Palavra. A finalização, invariavelmente, culminou em Jesus Cristo, sua morte e ressurreição.

Critérios bíblicos para a contextualização

Tippett enfatiza que quando um povo passa a ver Jesus como Senhor pessoal, e não um Cristo estrangeiro; quando eles agem de acordo com valores cristãos aplicados à própria cultura vivendo um Evangelho que faz sentido à sua cosmovisão; quando eles adoram ao Senhor de acordo com critérios que eles entendem, então teremos ali uma igreja entre eles.

Na tentativa de avaliar a compreensão (e transformação) do Evangelho em um contexto transcultural, ou mesmo socialmente distinto, há três principais questões que deveríamos tentar responder perante um cenário onde o mesmo já foi pregado:

a) Eles percebem o Evangelho como sendo uma mensagem relevante em seu próprio universo?
b) Eles entendem os princípios cristãos em relação à cosmovisão local?
c) Eles aplicam os valores do Evangelho como respostas para os seus conflitos diários de vida?

Contextualizar o Evangelho é traduzi-lo de tal forma que o senhorio de Cristo não será apenas um princípio abstrato ou mera doutrina importada, mas sim um fator determinante de vida em toda sua dimensão e critério básico em relação aos valores culturais que formam a substância com a qual experimentamos o existir humano.


2.       Uma breve retrospectiva histórica e metodológica

Em meados do século 19 Henry Venn e Rufus Anderson direcionaram a Igreja através de sua intencionalidade no plantio de igrejas, justificando que as mesmas deveriam, ao ser plantadas, ter três características básicas: serem auto-propagáveis, auto-governáveis e auto-sustentáveis. Era o desenvolvimento do conceito de plantio de igrejas autóctones.

Na segunda metade do século 19, o esforço missionário denominacional combinou o plantio de igrejas com o desenvolvimento social quando foi contruído um número expressivo de hospitais, escolas e orfanatos em todo o mundo.

Hibbert observa, assim, que no início dos anos 80 havia três principais tendências quanto à ênfase no plantio de igrejas. McGravan e Winter enfatizavam o evangelismo e crescimento de igrejas; John Stott e outros enfatizavam uma abordagem holística conhecida hoje como missão integral; Samuel Escobar eRené Padilha adotaram um foco mais direcionado na justiça social.

Encontramos hoje uma vasta proliferação de modelos de plantio e crescimento de igrejas tais de como de Garrison, Vineyard, Willow Creek, Ralph Neighbor, Charles Brok, Brian Woodford e muitos outros. Quase todos possuem três ênfases semelhantes: a) plantio de igrejas de forma
intencional e planejada; b) a rápida incorporação dos novos convertidos à vida diária da igreja; c) ênfase no treinamento de liderança local e comunidades auto-governáveis.

Observando os diversos segmentos de plantação de igrejas no mundo atual (e na força missionária brasileira), podemos perceber que o enraizamento dos problemas mais comuns:

a) A dificuldade de se distinguir igreja e templo, perdendo assim o valor do discipulado e gerando mais investimento na estrutura do que em pessoas.

b) A demora na introdução dos convertidos na vida diária da Igreja, diluindo assim o valor da comunhão e integração, além de gerar crentes imaturos e disfuncionais.

c) A despreocupação com os fundamentos teológicos e atração pelos mecanismos puramente pragmáticos.

d) A ausência de sensibilidade social e cultural, pregando um evangelho sem sentido para o contexto receptor. Uma mensagem alienada da realidade da vida.

e) A excessiva pressa no plantio de igrejas, gerando comunidades superficiais na Palavra e abrindo oportunidades reais para o sincretismo ou nominalismo.

f) O excessivo envolvimento com a estrutura da missão ou da igreja, desgastando pessoas, recursos e tempo, e minimizando o que deveria ser o maior e mais amplo investimento: a proclamação do Evangelho.


3.                O modelo Paulino de plantio de igrejas

Pensemos na estratégia de Paulo. Em Antioquia da Pisídia ele pregava na Sinagoga, aos judeus. Eles, impressionados, o convidou a regressar. (At. 13:13-48). Percebe-se que em Icônio o Evangelho não foi rapidamente aceito, mas Deus o usou manifestando Sua graça por meio de milagres e maravilhas (At. 14:1-4). Em Listra Paulo foi usado por Deus para a cura de um homem, e transformou este momento em uma oportunidade para pregar o Evangelho à uma grande multidão (At. 14: 8-18). Em Tessalônica Paulo pregava na Sinagoga durante os sábados e na praça durante a semana. Historicamente ele se postava na “petros”, um suporte de pedra à saída do mercado, para ali anunciar diariamente a palavra do Senhor. (At. 17: 1-14).

Portanto encontramos no ministério de um só homem, em uma mesma geração, diferentes abordagens e estratégias. Paulo fala a multidões, mas também visita de casa em casa. Ele prega aos judeus na sinagoga, mas também o faz fora da sinagoga. Utiliza praças e mercados, jamais deixando de proclamar às multidões. Ele também devota-se a indivíduos para discípula-los e treiná-los para a liderança local. Devemos, portanto, compreender que não há estratégias fixas para a proclamação do Evangelho. Apenas princípios fixos.

No modelo Paulino de plantio de igrejas podemos observar que as principais estratégias utilizadas foram:

  • Introduzir-se na sociedade local a partir de uma pessoa receptiva ou um grupo aberto a recebê-lo e ouvi-lo.
  • Identificar ali o melhor ambiente para a pregação do evangelho, seja público como uma praça ou privado como um lar.
  • Evangelizar de forma abundante e intencional, a partir da Criação ou da Promessa, sempre desembocando em Cristo, sua cruz e ressurreição.
  • Expor a Palavra, sobretudo a Palavra. Expor de tal forma que seja ela inteligível e aplicável para quem ouve.
  • Testemunhar do que Cristo fez em sua vida.
  • Incorporar rapidamente os novos convertidos à igreja, à comunhão dos santos, seja em uma casa ou um agrupamento maior.
  • Identificar líderes em potencial e investir neles, seja face a face ou por cartas.
  • Não se distanciar demais das igrejas plantadas, visitando-as e se comunicando com as mesmas, investindo no ensino da Palavra.
  • Orar pelos irmãos, pelas igrejas plantadas e pelos gentios ainda sem Cristo, levando as igrejas também a orar.
  • Administrar as críticas e competitividade sem permitir que tais atos lhe retirem do foco evangelístico.
  • Utilizar a força leiga e local para o enraizamento e serviço da igreja.
  • Investir no ardor missionário e responsabilidade evangelística das igrejas plantadas.


4.                Plantio de Igrejas -  Elementos Essenciais

Os valores que devem fundamentar um processo amplo de plantio de igrejas são diversos, mas mencionaremos os principais:

  • Oração.   Há clara ligação entre despertamento para oração e plantio de igrejas;  entre avivamentos históricos e avanços missionários. Patrick Johnstone: “Quando o homem trabalha, o homem trabalha. Quando o homem ora, Deus trabalha”.

  • Abundante evangelização. Nenhuma tecnologia missionária substitui o poder da comunicação pessoal do Evangelho. O Evangelho foi abundantemente comunicado em cada período de expansão e plantio de igrejas de forma pessoal, fiel e constante.

  • Intencionalidade e objetidade. A ausência de uma intenção clara e objetiva de plantar igrejas é, em si, talvez a maior barreira para que isto venha a acontecer. Hesselgrave afirma que 75% das igrejas plantadas em lugares onde não há igrejas nasceram a partir de ações intencionais.

  • Fidelidade à Palavra.  Há muitas estratégias de movimento de massa que são funcionais, entretanto não são bíblicas. David Hesselgrave alerta-nos dizendo que  “nem todo novo pensamento é dirigido pelo Espírito. Nem tudo o que é novo é necessariamente bom. A Bíblia é antiga, o Evangelho é antigo e a Grande Comissão é antiga...”.  

  • Liderança local. Todo amplo movimento de plantio de igrejas que tornou-se regionalmente duradouro contou com um forte envolvimento de pessoas locais desde a primeira fase. O investimento em pessoas locais, passando-lhes a visão, paixão e estratégias garantirá um processo de plantio de igrejas que vá além do missionário ou evangelista.

  • DNA multiplicador. A reprodução de igrejas plantadas em uma segunda fase deve ser feita por meio dos frutos e não da raiz do movimento. Nesta etapa o(s) missionário(s) devem estar já assumindo uma posição de supervisão da visão e encorajamento, e não de linha de frente. Igrejas devem plantar igrejas. O modelo missionário que sugiro é: Inicie, pregue, discipule, reproduza, assista, encoraja e parta.


5.                Plantio de igrejas – Principais Barreiras na dinâmica ministerial

Os principais inimigos da evangelização e plantio de igreja em contexto intercultural são:

·         Falta de foco: múltiplas, pequenas e secundárias atividades que consomem todo o tempo e drenam toda a energia.
·         Falta de disciplina: A necessidade da organização e disciplina para um bom uso do tempo.
·         Falta de estratégias: a limitação de um trabalho puramente intuitivo. A abundância e  persistência como elementos centrais na evangelização e plantio de igrejas.
·         Falta de conciliação com as coisas da vida: a necessidade de conciliação das “coisas da vida” com o ministério missionário.
·         Falta de recursos financeiros: a grande demanda de recursos ao longo dos anos e a necessidade de planejamento, priorização e sacrifício.
·         Falta de motivaçãoEstar no local errado; permanecer tempo demais sem se mover para uma nova etapa; problemas relacionais dentro ou fora da equipe; falta de sincronia motivacional no casal; Isolamento e saudosismo nos solteiros.
·         Falta de comunhão com Deus: A vida devocional como fundamento para a vida e o ministério.
·         Falta de encorajamento e pastoreio: A ausência de prestação de contas, bem como a ausência de pastoreio resultam em isolamento, paralização ou distorções.

Algumas soluções e boas iniciativas:

·         Vida com Deus: fonte geradora de motivação, paz e direção no ministério.
·         Cuidar do coração, do casamento e/ou  família. É necessário estar bem para trabalhar bem.
·         Ser proativo procurando ajudar mais do que espera ser ajudado.
·         Ser um simplificador dos problemas que lhe chegam.
·         Procurar ajudar sempre que detectar um problema crônico ou difícil.
·         Ter um foco claro, simples e viável em seu ministério.
·         Escolher suas lutas. Não são todas.
·         Investir na comunicação com irmãos e igrejas para boa cobertura de oração e também apoio ministerial.
·         Investir na comunicação na equipe para boa amizade, oração e apoio ministerial.
·         Corrigir os caminhos errados. É sempre possível recomeçar: novos alvos, novo relacionamento, nova motivação, nova disciplina, nova organização, novo coração.


TRABALHOS CITADOS

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