quinta-feira, 24 de maio de 2018

2 Cr 20 O que fazer quando não há o que fazer?




Este texto narra a situação caótica do povo de Deus ameaçado pela invasão de Senaqueribe, que não apenas humilha o rei de Israel mas ainda afronta o Deus de Israel. Josafá estava simplesmente sem saída. Ele não tinha o que fazer. Ele afirma isto: “Porque em nós não há força. Estamos diante de Ti, Senhor, e não sabemos o que fazer”.
O Presb. Josiah Wilding, (Dr Joe), da Igreja Presbiteriana Central de Anápolis, sempre ironizou com fé situações semelhantes. Uma frase conhecida sua no meio da comunidade quando as coisas ficavam difíceis demais era a seguinte: “Eu só quero saber como Deus vai sair desta”.
Neste texto, encontramos seis princípios adotados pelo rei Josafá e que podem ser aplicados a qualquer um de nós:

1.     Pare e busque o Senhor – (2 Cr 20.3-4).

Situações insolúveis devem nos levar a dependência de Deus. Foi isto que fez Davi quando estava com medo: “Busquei o Senhor e ele me acolheu, livrou-me de todos os meus temores”.

2.     Reconheça que Deus tem o controle de todas as coisas – (2 Cr 20.5-6).

Em nenhum momento Deus tinha perdido o controle. Ele é soberano. Em nenhuma situação, por mais trágica que seja, Deus jamais perde o controle.

3.     Lance mão das vitórias do passado – (2 Cr 20.7-12).

Josafá se recorda daquilo que Deus fez ao povo de Israel, livrando-o com mão poderosa do Egito. Quando Davi enfrentou Golias, ele se recordou da sua experiência com Deus no passado. Deus já o havia livrado de um leão e de um urso, por que não poderia livrá-lo do gigante?  Uma vitória de fé, nos empodera para experimentar outra vitória.

4.     Procure ouvir a voz de Deus – (2 Cr 20.14-17).

No meio de toda a aflição, ouviu do profeta a Palavra confortadora e encorajadora de Deus: “Não temas” (vs.14). Na hora da dificuldade precisamos parar e ouvir o Senhor. Nem sempre isto é fácil quando o  coração está agitado, mas certamente é uma grande benção.

5.     Submeta-se à sua vontade – (2 Cr 20.18).

Josafá se submete à vontade de Deus. O plano era audacioso, surreal e estranho. Ele precisava se firmar em Deus. “Crede no Senhor vosso Deus, e estareis seguros: crede nos profetas, e prosperareis”. Josafá prostrou-se diante de Deus e resolveu crer.

6.     Glorifique a Deus – (2 Cr 20.21).

Josafá faz algo estranho. Ao invés de levar armas para guerrear, eles decidem marchar cantando. Para enfrentar um exercito que marcha contra nós, apenas com louvor exige de nós uma dose muito grande de confiança em Deus. E o que aconteceu? Deus guerreou pelo seu povo. Quando ele batalha por nós sua obra é completa. O louvor liberta. O louvor dá vitória ao povo de Deus. Muralhas são derribadas com louvor e o inimigo é derrotado.

Conclusão:
O que você faz quando não sabe o que fazer?
Amaldiçoa a vida?
Blasfema contra Deus?
Desespera-se?
Fica ansioso?
Deprime-se?

A história do Rei Josafá nos mostra que, quando Deus está conosco, podemos ser vitoriosos, ainda que a situação seja muito maior que nós, os inimigos sejam mais fortes que nossas possibilidades e os obstáculos maiores que nossos recursos, mesmo que não saibamos que resposta dar à agressão, à dor ou à tribulação que enfrentamos.

segunda-feira, 14 de maio de 2018

Mt 5.21-26 Eu, porém, vos digo...

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Questões preliminares:

1.       Qual a diferença básica entre o ensino de Jesus e da Lei?

2.       Como você interpreta Mt 5.22? Você já chamou alguém de tolo?

3.       Como você entende a questão das ofertas a Deus e sua relação com os irmãos?

4.       Mt 5.26 Está se referindo a que? Teria alguma possibilidade de ser o purgatório? (doutrina defendida pela Igreja Católica).

Se aproximando do texto...

A.      Matar é mais que tirar fisicamente uma vida – Jesus dá um sentido mais profundo...

Quando matamos? Mt 5.22

ð  Ao irar sem motivo

ð  Ao proferir insulto – “idiota”

ð  Ao depreciar ou inferiorizar o outro – “Burra”

ð  Ao cultivar o ódio 1 Jo 3.15

B.      A oferta a Deus não pode desconsiderar o irmão

ð  Jesus não vê espiritualidade como algo separado da afetividade; 1 Jo 4.20

ð  Reconciliação: Deus e meu irmão (ã), devem ser considerados juntos- 1 Jo 1.7; 2.9.

ð  Não podemos usar nossas ofertas como forma de nos justificarmos diante de Deus.

C.      Reconciliação é fundamental para nosso encontro com Deus

ð  Reconciliação e perdão devem ser exercitados hoje – Mt 5.25

ð  Reconciliação nos liberta da condenação – Mt 5.26
o   A parábola do credor incompassivo – “O seu senhor o entregou aos verdugos” Mt 18.34
o   Sem reconciliação, quais são os torturadores mais comuns?

Conclusão
1.       A Lei é insuficiente para penetrar aspectos mais sombrios do coração

2.       Jesus dá um sentido mais profundo à Lei

3.       A Lei lida com os aspectos exteriores. O Evangelho trata com os motivos

4.       A Lei jamais poderá realizar a cura que precisamos. Apenas o Evangelho. Hb 10. 16

sexta-feira, 11 de maio de 2018

1 Sm 8 A Natureza de Deus




Uma das melhores formas de conhecer a natureza de Deus é através da oração. Quando a Confissão de Fé de Westminster estava sendo redigida (Londres, 1643), os teólogos reformados tiveram muita dificuldade em definir a natureza de Deus, até que, na oração, um pastor começou a exaltar a Deus e outro começou a anotar o que ele dizia, e por meio desta oração, fizeram uma descrição de quem era Deus.

Neste texto, Salomão ora, e sua oração demonstra bem quem é o Deus a quem servimos. Este texto é bom para demonstrar quem é o nosso Deus.

O que lemos neste texto?

1.     Deus é incomparável – Ele enfatiza este aspecto no inicio e no fim da sua oração (1 Sm 8.60).

2.     Deus de pactos – (1 Sm 8.23) – “Que guardas a aliança!”

3.     Deus é fiel – (1 Sm 8.24) 0  Que cumpriste o que prometeste
Sua promessa só não será cumprida, quando condicionada à fidelidade. Deus não pode abençoar a infidelidade. “Não te faltará sucessor... contanto que...” (1 Sm 8.25).

4.     Deus não é restrito às categorias humanas – (1 Sm 8.27)  Nem organizacionais, nem monumentos, nem estruturas. Ele não cabe dentro de nossos conceitos limitados.

5.     Deus é acessível – As orações chegam ao seu trono, toda oração de Salomão é feita baseada no pressuposto básico de que Deus ouve. Assim também é nossa oração, doutra forma não faria sentido orar.

A expressão “ouve tu nos céus” aparece 8 vezes do vs 30-49

Conclusão

A.     A grandeza de Deus requer culto majestoso – (! Rs 8.63). O sacrifício oferecido é extravagante (1 Sm 8.63)

Culto é gratidão, e envolve: louvor, adoração, ofertas. Dízimos apenas revelam a gratidão do coração do adorador.

B.     O resultado do culto é alegria no coração. (1 Rs 8.66). Somos uma geração em busca de felicidade, mas a verdadeira felicidade se encontra no ato de cultuarmos a Deus.

segunda-feira, 7 de maio de 2018

Mt 5.17-18 Jesus e a Lei



Mt 5.17-18: “Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas, não vim para revogar, vim para cumprir. Porque em verdade vos digo, até que o céu e a terra passem, nem um i ou um til jamais passará da Lei, até que tudo se cumpra.”

Questões introdutórias

A.   Que entendemos por Lei?

B.    Existem diferentes tipos de lei? Lei civil, Cerimonial e Moral. A qual Jesus se referia?

Lei civil: Forma de governo, justiça humana
Lei cerimonial: higiene, saúde, aspectos religiosos.
Lei Moral: Ética. Reflete o caráter santo de Deus. Está resumida nos 10 mandamentos e mais resumidamente nos dois grandes mandamentos.

Os cristãos devem honrar seus pais (Lei moral), mas não precisam cultuar o sábado (Gl 4.8-11), nem se submeterem às regras da alimentação (Col 2.20-23; Mc 7.18-20, nem precisamos ser circuncidados (At 15) ou de levarmos um cordeiro ao templo para sacrifício, embora as leis morais sobre adultério, mentira, roubo e assassinato ainda se apliquem a nós. Portanto, a Lei Moral ainda vigora e todo crente deve cumpri-la.


Equívocos em relação à Lei
a.     Cristianismo judaizante – Legalismo. Guarda de princípios de alimentação, cerimônias e sábado.

b.     Desprezo a toda Lei – Antinomismo.

Considerações bíblicas
c.     O sentido da palavra revogar: derrubar, subverter ou destruir. (Grego kataluo)
Portanto, por um lado, se revoga a anterior ordenança, por causa de sua fraqueza e inutilidade (pois a lei nunca aperfeiçoou coisa alguma), e, por outro lado, se introduz esperança superior, pela qual nos chegamos a Deus” (Hebreus 7:18-19).

d.     O Sentido da palavra cumprir. levar até o fim, realizar ou obedecer.

e.     A preposição “até”. Esta palavra significa algo que chega até um certo ponto e termina. A Lei não perdeu sua força até ser cumprida por Jesus.  

Os cristãos e a Lei

A.   Os cristãos não estão “subordinados” à Lei (Gl 3.24-25).

B.    Mesmo os cristãos judeus, foram libertados da lei (Rm 7.6).

C.    O escrito da dívida foi removido inteiramente na cruz (Cl 2.14).

Jesus não subverteu a Lei do Antigo Testamento; ele cumpriu e nos deu a Nova Aliança.
Como entender questões periféricas como:

A.   A questão do sábado?
B. A questão dos alimentos?

Observações:

1. A ineficácia da Lei – Rm 3.19

2. O propósito provisório da Lei- Gl 3.23-25

3. A Obra de Cristo – Ef 2.15

4.     Cristo cumpriu a Lei

a. Jesus sempre guardou vários aspectos da Lei de Moisés. Seus pais o circuncidaram (Lc 2.22-24); ofereceu sacrifícios aos sacerdotes judeus (Mt 8.4), participou das festas judias (Jo 7.10) e comeu o cordeiro pascal (Mt 26.19).

b. Lc 24.44: “Para que se cumprisse tudo o que de mim está escrito na Lei de Moisés”.

c. Mt 3.13-15: O motivo do seu batismo foi o cumprimento da justiça.

d.     Jesus violou as tradições falsas dos fariseus em torno da Lei (Mt 5.43-44). “Invalidastes a Palavra de Deus, por causa da vossa tradição” (Mt 15.6).

e.     Jesus, é o nosso cordeiro pascal (1 Co 5.7), Jesus cumpriu os aspectos cerimoniais

f.      A obra final de Cristo se deu na cruz, quando se dirigiu ao Pai e disse: “Tudo está pago!”