quinta-feira, 10 de abril de 2014

Gospel Transformation - Unidade 1/ Lição 3

Unidade 1/ Lição 3

Como você se parece aos olhos de Deus?  Como Deus o vê?

FOMOS DECLARADOS JUSTOS!

Alvo desta lição:

Ø      Nós somos declarados justos!

De modo geral as pessoas discutem justificação em termos de perdão. Isso é maravilhoso! Na realidade, estribado nesta verdade fantástica, e à medida que você trabalha nesta lição, você será capaz de edificar em cima desse alicerce. Aqui nós descobriremos que justificação significa, aos olhos de Deus, ser mais do que declarado não-culpado; significa também que fomos declarados justos.

Lição

Leia Romanos 3:21-26

Q1        Qual é o tema ou a idéia central desta passagem?
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Q2        Qual é a base da justificação?
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Q3        Como podemos receber a justiça de Cristo?
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Q4        A lei indica claramente que uma pessoa deve estar numa relação correta com Deus. Por que não podemos ser justificados com base na lei?
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Leia Romanos, 3:19,20

Q5        O que esta passagem ensina a respeito do nosso relacionamento com a lei?
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Leia Romanos 5:12-21
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O Primeiro e o Último Adão

Esta é uma rica e importante passagem. Paulo está fazendo uma distinção entre o primeiro Adão e o último Adão, Jesus Cristo. Ele faz referência aqui a duas pessoas. Uma delas foi a causa de toda tribulação, e fez muitas coisas erradas. A outra pessoa fez tudo absolutamente correto.  Adão, como o primeiro homem, se posicionou como representante de todas as pessoas, para toda a humanidade, incluindo eu e você. Ele foi o causador de incalculáveis malefícios, ao desobedecer a Deus. Pelo fato de nos representar, nós também caímos com ele. Entretanto, muitos anos depois houve uma outra pessoa, o segundo Adão, o Senhor Jesus, que mediante sua obediência ganhou a bênção do seu povo. Agora todas as pessoas a quem Cristo representa - todas aquelas que nele crêem - são identificadas com ele, recebendo, conseqüentemente, as bênçãos de Deus. Você, portanto, ou é parte do reino de Adão, com seu reino de pecado, morte e condenação, ou integra o Reino de Cristo, e seu Reino de justiça, vida e justificação. Assim, ou Adão, ou Cristo é seu representante. Ou você tem tudo que Adão tem, ou tem tudo que Cristo tem. 

Você pode fazer uma breve comparação usando o quadro abaixo.

Os dois Adãos


                                   O primeiro                                                       O último


Dois homens –              Adão                                                               Jesus Cristo


Dois Atos -          Adão transgride                                                Jesus Cristo age em justiça
                        Exibe o pecado do homem                         Exibe a obediência do homem (v.18,19)               Exibe a desobediência
                        do homem (v.12,15-19)


Dois Reinos –
                                  O Reino de:                                                             O Reino de:

 

                                    Pecado                                                                              Justiça
                                     Morte                                                                      Vida
                                  Condenação                                                          Justificação
                                Vv:12,14-19, 21                                                         vv: 15-19, 21


Dois Representantes –
Cada um representa seu povo:          

                        Adão                                                                                        Cristo

 

            Toda a raça humana                                                                     Os Redimidos
        Todos se acham em “Adão”                                            Todos aqueles que estão “em Cristo”.

Aqueles que estão em Cristo são os que foram transportados da morte para a vida; libertos da condenação para a vida e a justiça.

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“Eu fico com Marcellus!”

Conta-se que um riquíssimo romano tinha um filho que lhe havia ferido o coração. Contudo ele tinha também um escravo que lhe enchia o coração de alegria e orgulho. No seu leito de morte ele resolveu deserdar o filho e deixar todos os seus bens para seu escravo Marcellus. Registrou então sua decisão no papel, e após isso chamou seu filho para lhe comunicar sua decisão. Disse então a este: “Eu decidi deixar todos os meus bens para meu escravo Marcellus. Vou no entanto permitir que você escolha para si apenas um item dos meus bens”. Seu filho respondeu prontamente:  “Eu fico com Marcellus!” 

Quando você tem a Cristo, você tem tudo! Todas as coisas são nossas  (1 Co 3:21), posto que são de Cristo.  Estar em Cristo é receber tudo que pertence a ele – incluindo a sua justiça.
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Melhor condição que Adão

Nossa condição é muito melhor que a do primeiro Adão, antes que ele caísse em pecado. Adão começou com uma página nova – um recorde sem mancha.  Contrastantemente, pela fé em Cristo temos mais do que uma página nova: temos uma linda página. O Juiz não apenas nos perdoou e apagou a nossa página nova; ele nos deu a justiça de Cristo. Ele apagou o registro do nosso pecado e em seu lugar colocou a justiça de Cristo. Nosso Pai celestial não somente limpou a nossa página, como estabeleceu créditos mediante a justiça de seu Filho. Sua justiça sobre nós é semelhante a uma cola e um selo protetor, a ponto de não existir nada nem na Terra nem no céu que possa anulá-la. E tudo isso é uma dádiva recebida pela fé!

Adão começou aquilo que pode ser chamado de uma avalancha. Tudo teve início como algo relativamente pequeno, mas cresceu como uma avalancha de pecado, morte e condenação. Toda a raça humana foi envolvida nesse desastre. Adão nos trouxe pecado e morte, mas Jesus nos deu graça e justificação. Paulo conclui no capítulo 5 de Romanos:  ...mas onde abundou o pecado, superabundou a graça, a fim de que, como o pecado reinou pela morte, assim também reinasse a graça pela justiça para a vida eterna, mediante Jesus Cristo, nosso Senhor.

 

Duplo Crédito


Este ensino é chamado algumas vezes de Dupla Transferência, ou de Vida Transformada, ou de A Grande Mudança. A Bíblia nos ensina que pela fé a justiça de Cristo foi imputada ou creditada a nós, e que nossos pecados lhe foram imputados. Portanto, nós fomos – eu e você – perdoados e declarados justos. Seguem abaixo alguns versículos que falam sobre o duplo crédito.

Isaías, 53:6       Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o Senhor fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos.

Romanos, 4:6   E é assim também que Davi declara ser bem-aventurado o homem a quem Deus atribui justiça, independentemente de obras.

Romanos, 4:11     E recebeu o sinal da circuncisão como selo da justiça da fé que teve quando ainda incircunciso; para vir a ser o pai de todos os que crêem, embora não circuncidados, a fim de que lhes fosse imputada a justiça.

Romanos, 4:22     Pelo que isso lhe foi também imputado para justiça.

Romanos, 4:23,24      E não somente por causa dele está escrito que lhe foi levado em conta, mas também por nossa causa, posto que a nós igualmente nos será imputado, a saber, a nós que cremos naquele que ressuscitou dentre os mortos a Jesus, nosso Senhor.

2 Coríntios, 5:21         Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus.

Tiago, 2:23                 ...se cumpriu a Escritura, a qual diz: Ora, Abraão creu em Deus, e isso lhe foi imputado para justiça; e: Foi chamado amigo de Deus.

1 Pedro, 2:24            ... carregando ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados, para que nós, mortos para os pecados, vivamos para a justiça; por suas chagas, fostes sarados.

Quatro exercícios sobre a justificação pela fé


Exercício 1 ►►

Faça um círculo em torno da letra A ou B, para indicar sua escolha.

  1. A Justificação é um ato isolado da parte de Deus em nosso favor.
B Justificação é um ato contínuo da parte de Deus em nosso favor.

  1. Justificação significa “tornar-nos justos”.
B  Justificação significa “declarar-nos justos”.

  1. A Justificação não tem cooperação humana envolvida no processo, mas a santificação requer a nossa cooperação.
            B  Nem a justificação nem a santificação envolvem cooperação humana.

4.   A   Fé + obras = salvação (justificação).
      B  Apenas a fé em Cristo = salvação (justificação)  + obras

5.  A  Imputação (crédito) significa não mais nos considerar culpados dos nossos pecados e considerar-nos tão justos como Cristo.         
     B  Imputação significa apenas que já não somos considerados culpados.

6         A natureza da fé é receber a Cristo.
B   A natureza do amor é receber a Cristo.

7.  A   Apenas a fé justifica nossa união com Cristo
      B  Apenas a fé associada ao batismo justifica nossa união com Cristo.

  1. A justificação nos liberta de toda responsabilidade de obedecer à lei de Deus.
Justificação é o perdão dos pecados, nossa aceitação da parte de Deus como filhos e filhas, e nossa libertação para obedecer à sua lei pela fé.

 

Exercício 2 ►►


Leia cuidadosamente as seguintes declarações sobre justificação e fé salvadora. Quais são os elementos em comum?
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Do catecismo de Heildelberg, pergunta 20:

P - Todos os homens são salvos por intermédio de Cristo, da mesma maneira que todos se perderam em Adão? 
R - Não. Apenas aqueles que receberam individualmente a Cristo se tornam aceitos e recipientes de todas as suas bênçãos.

Do catecismo de Heildelberg, pergunta 21:

P – O que é fé verdadeira?
R – Fé verdadeira...é também uma enraizada e profunda certeza criada em mim pelo Espírito Santo mediante o Evangelho, de que não apenas outros, mas eu também tive meus pecados perdoados e outorgada a minha salvação.

Do Pequeno Catecismo da Confissão de Fé de Westminster

P – O que é justificação?
R – Justificação é um ato da livre graça de Deus, nos concedendo o perdão dos nossos pecados e nos aceitando como justos diante dos seus olhos, apenas em função da justiça de Cristo que foi imputada em nós e recebida exclusiva e tão-somente pela fé.

De Martinho Lutero

“Mediante a fé em Cristo, portanto, a justiça de Cristo se torna a nossa justiça, e tudo o que ele tem se faz nosso. Ele mesmo se torna nosso.”

De João Calvino

“Uma pessoa será justificada pela fé quando, excluída da justiça das obras, coloca completamente a sua fé na justiça de Cristo e aparece revestida aos olhos de Deus, não mais como pecador, mas como justo...”



Exercício 3 ►►


Indique alguns elementos chaves da justificação pela fé:

1.

2.

3.

4.

5.

6. 



Exercício 4 ►►

Faça agora uma revisão das definições escritas no começo da lição, observando qualquer elemento importante que você possa haver deixado de lado.

Seg > Ter > Quar > Qui > Sex > Sáb > Dom
Para a semana:

Escreva uma definição pessoal da justificação pela fé, usando palavras como “eu”, “mim”, “meu”, “minha” 






   

           
           





domingo, 23 de março de 2014

Gospel Transformation - Apostila - Unidade 1/ Lição 2

Unidade 1/ Lição 2

Você alguma vez declarou: “Isso não é culpa minha!”?

NOSSA NECESSIDADE DO EVANGELHO


Alvos desta lição:

Em nossa lição anterior encaramos o sofrimento inerente ao nosso mundo. Queremos reconhecer completamente a dor, o sofrimento e as tentações nele presentes. Apesar de ser absolutamente verdadeiro o fato de que somos pessoas quebradas num mundo quebrado, a realidade, porém, é que isso ainda não representa o quadro completo. Em razão de havermos dado as costas a Deus, precisamos do Evangelho. O alvo desta lição é o de nos convencer de nossa desesperada necessidade. Jamais abraçaremos a beleza e a glória do Evangelho sem que antes de mais nada nos conscientizemos de nossa tremenda necessidade dele, bem como reconheçamos a realidade do pecado. É obvio que isso se aplica ao momento em que nos convertemos, contudo logo nos esquecemos de que o Evangelho tem uma aplicação contínua em nossa vida. Como cristãos, freqüentemente nos esquecemos de que somos pecadores, e esquecemos o Evangelho.

Muitos caminhos podem nos levar a entender nossa necessidade do Evangelho. Nesta lição examinaremos apenas um aspecto da nossa pecaminosidade: nossa inclinação à autojustificação. Nas lições seguintes examinaremos como o Evangelho encara, entre outras coisas, este pecado em particular.  A autojustificação serve como uma boa rota para a nossa necessidade do Evangelho. Mesmo não tendo problema com drogas ou com o Imposto de Renda, todos nos justificamos a nós mesmos de forma tão fácil, banal e automática como o ar que respiramos. Somos como o Jovem Rico (Mt.19:16-22). Segundo nossa própria perspectiva, temos nos conservado obedientes em toda sorte de áreas ... até aquele momento em que Jesus nos confronta com um determinado terreno que revela nos mostra claramente nosso pecado e nossa grande necessidade.

Lição


A Lei – Mais fácil dizer do que fazer...

Dê uma olhada em Lucas, 10:25-29.  O que ocorre nessa passagem?  O expert, ou perito da lei, logo se dá conta de que apesar de haver dado a resposta certa, as coisas não eram tão simples nem tão fáceis como pareciam à primeira vista. O mandamento dizia que ele deveria amar a Deus de todo o coração, e ao próximo como a si mesmo. Mas quem, afinal, consegue amar dessa maneira?  Portanto, apesar de ser ele um estudioso da lei, ele tenta justificar-se no momento em que pergunta a Jesus: “Diga-me, Jesus, quem é o meu próximo?”  Talvez esperasse que Jesus lhe respondesse que seu próximo era seu amigo que morava ao lado da sua casa, em cuja companhia passara as férias do ano anterior - amigo esse que ele jamais teria dificuldade em amar. No entanto, para sua surpresa Jesus lhe responde: “Não é isso não! O amor a que me refiro inclui amar a pessoa que você detesta. Esse sentimento tem a ver com compaixão e misericórdia em relação aos seus inimigos”.

A tendência natural do nosso coração é a de construir um mundo à parte do Evangelho.  Esse homem conhecia a lei, e deu a resposta correta: Ame a Deus e ao seu próximo. Contudo ele reconhecia que não estava guardando essa lei. Por isso pergunta: “Quem é o meu próximo?” Talvez não fosse a pessoa que odiasse – sua sogra ou aquela mulher pecadora que observava na sinagoga. Ele tenta então justificar-se, para que possa estar correto diante de si mesmo, do seu próximo e de Deus. Esse mestre busca minimizar os requisitos da própria lei, porque no seu coração reconhecia que não era perfeito.  Longe disso!  Ele não tinha poder algum para amar seus inimigos. Sua falta de amor é observada até mesmo na maneira como trata a Jesus, e em sua manobra visando lançar uma armadilha contra o Senhor.


Autojustificação  é uma característica daqueles que conhecem a lei (Lucas 10:25-29):
 
Q1        O que significa “justificar-se a si mesmo”? (29)
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Q2                   Você pode pensar em algum exemplo na sua vida, em que se depara “justificando-se a si mesmo”? 
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Autojustificação é uma característica dos fariseus (Leia Lucas 16:14, 15 e 18:10-14):

Q3        Quais foram as maneiras pelas quais os fariseus se justificaram a si mesmos?
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Q4        Qual a manifestação verbal da autojustificação deles?
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Q5          São apenas os fariseus que se justificam a si mesmos?
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Autojustificação é uma característica das igrejas (Leia Apocalipse, 3:1-3):

Q6        Como você acredita que a igreja de Sardes conquistou sua reputação (v.1)?
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Q7        Como Jesus considera tais obras e a Igreja?
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Q8        Por que buscamos reputação?
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Q9        Onde você está buscando estabelecer uma reputação?
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Autojustificação é uma característica das pessoas corretas (Leia Jó 29:1-25; 31:1-40):

Q10      O que está fazendo Jó nessa passagem?
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Q11      O que Jó usa para se justificar a si mesmo?  Em outras palavras: O que aponta especificamente em sua vida e suas ações a fim de se justificar a si mesmo?
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Q12       Qual a resposta dos amigos de Jó? (Jó 32:1)   Qual a razão dessa resposta? 
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Q13      Qual a resposta de Jó?  (Jó 40:8)
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Q14      No final do livro percebemos o arrependimento de Jó.  Qual a necessidade desse arrependimento?
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Por que você anda tão irado?


Qual seria o primeiro pensamento que lhe passaria pela mente se a polícia o fizesse parar por excesso de velocidade? Ou se um membro da sua família lhe perguntasse: “Por que você anda tão irado?” Não é mesmo verdade que a nossa primeira reação caminha na linha da autojustificação? Eu e minha esposa tivemos recentemente um desentendimento a respeito daquilo que iríamos permitir ou não permitir a um de nossos filhos. Ela percebeu que eu a estava olhando com um ar de reprovação. Minha resposta imediata e impulsiva a ela foi esta: “Não, eu não a estou reprovando...”

Posteriormente eu me dei conta de que - muito pelo contrário - estava realmente desaprovando a sua opinião, e certamente isso se mostrara evidente na minha expressão facial. No entanto, em questão de segundos eu tentei me justificar a mim mesmo. Quão rapidamente estava pronto para mentir, apenas para parecer “bom” e menos irado!...

Quão rapidamente tentamos nos justificar a nós mesmos por adotarmos uma “teologia correta”, ou por julgarmos que temos uma versão mais acertada da Bíblia; ou por chegarmos cedo à igreja, ou por termos certos bens, ou por fazermos certas coisas, conseguirmos algumas façanhas ou por minimizarmos aquilo que fizemos de errado. Tudo isso são exemplos de como buscamos construir uma vida à parte de Jesus, um mundo “perfeito” longe de Cristo. 

Q15      Por que razão uma vida de autojustificação é perigosa e enganosa?
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A solução final - a culpa não é minha!

Algo marcante que foi observado pelo homem que capturou Adolf Eichman (o autor da “solução final”; o exterminador de judeus debaixo do controle nazista), tanto quanto pelos jornalistas que cobriram seu julgamento posterior, foi a conclusão a que chegaram: a coisa mais chocante em relação a Eichman foi que ele era um homem comum e bastante familiar. Aliada a essa natureza comum ele tinha uma extraordinária capacidade para a autojustificação, e também para se desculpar dos seus atos horrendos.

Aqueles que são culpados dos crimes mais atrozes contra a humanidade conseguem facilmente encontrar desculpas para seu comportamento. Se as pessoas podem encontrar justificativas para seus mais terríveis crimes, da mesma forma também nós podemos descobrir espaços para explicar nossas reações e comportamento: ira, preguiça, falta de tempo, olhares de desaprovação, transgressão das leis de trânsito, maledicência, ciúmes, intriga, inveja, e mil e uma características infelizes... A autojustificação é um hábito humano tão velho quanto é velho Caim, o mais claro exemplo de alguém que tentou se justificar a si mesmo diante de Deus e do irmão.

Nós somos por natureza os Eichmanns deste mundo.  Isso porque a história não nos deu a oportunidade de canalizar nossa ira e nosso ódio projetado por nosso próximo. Somos aqueles que estamos no meio da multidão gritando para que Cristo seja crucificado, pela única razão de haver ele subjugado nosso “sistema religioso”, e uma vida de autojustificação diante da humanidade.  Ele tem exposto diante de Deus nossa vida fraudulenta. A razão fundamental da oposição dos fariseus e da multidão em relação a Jesus não nasceu pelo fato de ele os haver ferido de alguma maneira, e sim por lhes haver exposto claramente a vida de autojustificação, e sua religião baseada na justiça humana. O único recurso que lhes restava era o de matá-lo. Nós somos os Jós desta vida, que buscamos a Deus a fim de demonstrarmos quão justos somos.

Nossas igrejas são como a de Sardes. Construímos uma reputação à semelhança da torre de Babel, até que Deus em sua misericórdia nos confronte com a mensagem do Evangelho. A maravilha das boas-novas é que Jesus veio para gente como nós!

Nossa hesitação, ou até mesmo nossa total recusa a sermos identificados com as pessoas mencionadas acima vem apenas demonstrar quão bons imaginamos ser, quando nos justificamos a nós mesmos! A humanidade tem uma natureza comum – não existe um justo sequer, nem sequer um (Rm 3:10). 

Leia Gálatas 2:17

Q16      Se afirmamos que somos cristãos, que mais dissemos que somos?
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Desculpas: como estar certo e aparentar que está tudo bem          .






·        Eu apenas sou fraco.
(Realmente isso não é culpa minha...)

·        Eu só estava querendo ser honesto.
(Você não pode enfrentar a verdade?)

·        Eu não tinha intenção de fazer isso.
(Eu não tinha intenção de ser pego.)

·        Isso me deixou irado.
(Fui tratado injustamente)

·        Houve um mal entendido entre nós.
(Você não é tão maluco como pensei!)

·        Eu tão-somente estou dizendo aquilo que sinto.
(Não há nada errado com meus sentimentos)

·        Minha família sempre foi assim.
(Se você acha que eu sou ruim, então você deveria conhecer minha...)

·        Eu estou tendo um dia/uma semana/um ano muito ruim.
(Eu mereço algo melhor)

·        Estou cansado... Está muito quente hoje!
(Eu mereço um descanso)

·        Desculpe, mas você...
(Isso realmente é culpa sua)

·        Eu também cometo erros.
(Todos nós não cometemos?)

·        Eu só estava brincando...
(Você não entendeu a brincadeira...)

·        Você não me entendeu.
(Eu não sou tão ruim como você pensa)

·        Ninguém é perfeito
(Inclusive você)

·        Eu sou desta maneira.
(Sou pecador... Você tem mais é que aceitar esse fato.)

·        Desculpe-me! Por favor, me perdoe.
(Vamos resolver isso o mais rápido possível)

·        Eu simplesmente estou amolado.
(Você não percebe? Seu problema é que você não tem compaixão.)

·        Nós temos um problema de personalidade.
(Você é a metade do problema)

·        Nós temos um problema de comunicação.
(Você é a metade do problema)



Q17   Considerando a lista acima, quais são as desculpas mais comuns que você tem usado?  O que realmente está fazendo quando usa tais desculpas?

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Leia 1 João 1:10
Q18      O que de fato estamos dizendo, quando afirmamos que não somos pecadores?
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Se ele também é um pecador, então por que tenho a trave no meu olho?

Por que Jesus nos fala a respeito da trave em nossos próprios olhos, e apenas se refere ao cisco no olho do nosso irmão?  (Lucas, 6:41)  Se todos temos por natureza a mesma raiz pecaminosa, então por que mencionar essas diferenças entre a trave em nossos olhos e o cisco no olho do nosso irmão? A razão é que temos a forte tendência de nos justificar a nós mesmos. Nosso problema é que pensamos de maneira muito elevada a respeito de nós mesmos. Portanto, invertemos os valores: nós temos o cisco e os outros têm a trave. Isso nada mais é do que a exteriorização da nossa autojustificação.

Leia Marcos 2:13-17 e 1Timóteo 1:15-16
Q19      Segundo essas passagens, por que Jesus veio a este mundo?
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Leia Lucas 5:32; João 12:36; 14:31
Q20       Jesus está chamando os pecadores a quê?
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Seg > Ter > Quar > Qui > Sex > Sáb > Dom
Para a semana:


Ø      Recrute duas pessoas para estarem orando em sua intenção o Salmo 139:23,24, enquanto você participa deste curso de discipulado.
Ø      Pense em alguma coisa que Deus esteja requerendo de você, em relação à qual você sente que obedece muito bem. Você alguma vez já se vangloriou disso? Já criticou alguém porque aquela pessoa não se saiu tão bem como você?  Você já usou isso para “equilibrar” em sua mente alguma coisa que  está fazendo de errado?  Escreva esse exemplo abaixo.
Ø      Pense em alguma coisa requerida por Deus, em relação à qual você sempre parece fracassar. Quantas vezes tem desculpado seu comportamento? Quão amiúde tem se defendido a si mesmo?  Ou ignorado?  Ou minimizado a seriedade do problema?  Você tem se comparado com alguém que estava fazendo algo até mesmo pior que você? Escreva esse exemplo abaixo.
Ø      Peça ao Pai que lhe mostre as maneiras pelas quais você tenta se justificar  a si próprio.

Tradução: 
Igreja presbiteriana Central de Anápolis
Sara e Samuel Vieira





Gospel Transformation - Apostila - Módulo 1- Lição 1

Unidade 1/ Lição 1

Se você pudesse mudar uma circunstância em sua vida, o que é que você mudaria? 

 

MUNDO QUEBRADO, VIDAS QUEBRADAS

                                                                                                                                                 

Alvos desta lição:

Ø      Reconhecer de uma maneira mais abrangente as áreas distintas de um mundo caído que pode nos pressionar, tentar, ou trazer sofrimento para dentro das nossas vidas.

Ø      Começar a ver como personagens bíblicos responderam à tentação e ao sofrimento.


No discipulado e encorajamento, o melhor lugar para começar é frequentemente com a situação em que nos encontramos.  Neste mundo fragmentado, sofrimento é parte e parcela inerente à existência humana.  Ao invés de começarmos com o fato de que somos pecadores, nós vamos começar com o fato de que temos pecado e que vivemos em um mundo caído e carregado de sofrimento.  Essa compreensão é fundamental para que possamos ter um ministério de compaixão para com as outras pessoas.  Uma parte da compaixão consiste em simplesmente ouvir e entender onde as pessoas estão e o que é que está ocorrendo em suas vidas.  Temos que dar o valor e o peso necessário ao sofrimento que as pessoas estão enfrentando.  Sempre haverá a forte tentação de negar e minimizar o sofrimento que as pessoas enfrentam nesta vida, portanto; temos que aprender a sermos “ouvintes” e não “faladores”. Mais adiante em nosso curso, explicaremos com maior abrangência como poderemos encarar o nosso sofrimento, o seu lugar na vida cristã, e o seu relacionamento com o pecado em nossas vidas.

Lição


Leia Gênesis 50.15-21
Q1     Pelo seu conhecimento geral a respeito de José, quais são as circunstâncias nas quais José está em luta? Quais são as tentações que ele está enfrentando e qual é o seu sofrimento?
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Q2     Como é que José responde à traição dos seus irmãos?
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Leia I Reis 10:23-11:1
Q3     Descreva a situação de Salomão.  Ele está numa situação de tentação?  São apenas “situações ruins” que nos tentam a pecar?
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   Leia Jó 1:1-13-19; 2:7-9
Q4                Descreva as dificuldades da situação de Jó.
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Q5     Qual é a primeira resposta de Jó para todos os seus problemas (Jó 1:20-22)?
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Q6     Jó continua a responder em fé (Jó 32:1; 40:8)?
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Leia I Pedro 2:20b-23
Q7     Partindo do seu conhecimento geral, identifique alguns dos sofrimentos e tentações que Jesus enfrentou.
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Q8     Como foi que Jesus viveu em meio a este mundo de sofrimento?
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O sofrimento e as pressões da vida; uma observação mais de perto     .         


1.       Relacionamentos
Mau comportamento dos filhos, patrão no trabalho, criação de filhos, marido ou esposa negligente, ira, ou crítica, sogros, parentes, irmãos, gente em geral (suas atitudes, opiniões) abuso físico, abuso sexual, péssimos exemplos de conduta.

2.       Bens
Carro, casa, computador, máquina de lavar, máquina de cortar grama, televisão, qualquer coisa que possa quebrar!  Falta de bens, falta de recursos, falta de dinheiro para cumprir compromissos.

3.       Biologia/Genética
Doença, compulsão para comer, menopausa, síndrome pré-menstrual, idade avançada, deformidade, injúria, ataque de pânico, depressão, ansiedade, morte, chuva, temporal, humildade.

4.       Trabalho/Carreira
Falta de tempo, exames, sono atrasado, preocupações com o trabalho, cozinha, cuidados com a casa, rotina, finanças, Segundas-Feiras!

5.       Mundo Caído
Morte na família, lágrimas, tristeza, depressão, dor, espinhos, aflições.

6.       Satanás e o Mundo
O diabo está ao nosso redor rugindo como um leão (1 Pedro 5.8).  O mundo tenta a todo instante nos trazer a uma conformação com seus padrões seja pelo uso da força ou pela sedução.  Nossa cultura pode nos tentar segundo várias coisas que são “importantes” para a nossa cultura, tais como, respeito, independência, beleza e superioridade.

7.       Natureza Pecaminosa
Como cristãos, nós vivemos com duas realidades, duas naturezas – a velha e a nova.  A velha nos pressiona em direção ao pecado.  A natureza pecaminosa luta contra o Espírito (Gal. 5:17, Rom 7:21-24).

8.       O Deserto
Nós somos uma comunidade de deserto que ainda não entrou na Terra prometida.  Como os israelitas, nós enfrentamos a falta de água, a mesma comida, poeira, calor, e incertezas.

9.   Coisas Boas      
Bençãos, sucesso no trabalho, presentes inesperados, boa vida familiar, promoção, aumento de salário, melhores condições de vida.  É difícil ver isto como tentações, mas ao mesmo tempo são elementos poderosos.  Considere a oração de Salomão em Provérbios 30:8-9: “... não me dês nem a pobreza nem a riqueza; dá-me o pão que me for necessário; para não suceder que, estando eu farto, te negue e diga:” Quem é o Senhor? Ou que, empobrecido, venha a furtar e profane o nome de Deus”.

Leia o Salmo 73:1-28:
Q9        Com o que Asafe está lutando?  (vv.3-12)?
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Q10      Neste ponto da sua vida, Asafe está vivendo por aquilo que ele está vendo ou pela fé?
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Q11      Como isso afetou a vida dele?  (vv.2-3, 13-16)?  Quais são os resultados?                  
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Q12      Há uma mudança no Salmo.  Onde o Salmo mudou o tom?
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Q13      O que foi que aconteceu para Asafe para que ele mudasse seu ponto de vista a respeito da vida?
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Seg > Ter > Quar > Qui > Sex > Sáb > Dom
Para a semana:

Considere aquela circunstância que você deseja mudar e faça a seguinte pergunta: “Pode Jesus ser o meu regozijo e satisfação em meio a esta difícil situação? Posso conhecer Jesus melhor nessa situação, mesmo se ela (situação) não mudar?”.

Tradução: 
Igreja presbiteriana Central de Anápolis
Sara e Samuel Vieira