Introdução:
A espiritualidade fala de sete pecados
capitais. Não que os outros não sejam importantes, mas estes pecados funcionam
como matizes, origens, fontes de onde surgem os outros pecados.
A Ira é descrita como um destes pecados.
Pergunte a si mesmo:
Þ Sou pronto para
irar?
Þ Perco facilmente
o controle e me altero?
Þ Enumere três
coisas que deixam você zangado?
Algumas considerações preliminares:
- Ira
é o segundo pecado mais descrito na Bíblia. 515 vezes. Medo surge em
primeiro lugar. É só abrirmos a Bíblia para logo observarmos a quantidade
de pessoas com ira: Caim, Sara, Esaú, Raquel. As pessoas tem facilidade em
ficarem iradas.
- Ira
é enganosa. Ela surge porque criamos algumas justificativas que nos
defendem:
i.
“Tenho
direito de estar irado” – Lembra de Caim e Jonas?
ii.
Temos
a impressão de que ela promoverá algo bom.
iii.
Jn
4.11 – De onde Jonas conclui que ela é razoável?
iv.
Assume
disfarces: “Estou magoado, ferido, de mau humor, TPM, estou com fome, sono,
cansado”.
- Ira:
Pecado de superfície
i.
Criança
zangada: reação externa a uma frustração.
ii.
A
questão não é a ira, mas o que causa a ira? Óleo flutua.
iii.
A
ira aflora quando os ídolos são ameaçados, quando alguma coisa que amamos
torna-se exposta. O que levou Jonas a se sentir ameaçado? Reputação (Jn 3.4)
Martinho Lutero: “Você nunca pecará, a
não ser que um pecado esteja debaixo do meu pecado. Quando quebramos o primeiro
mandamento, passamos a quebrar todos os demais. A idolatria é o pecado detrás
do pecado.
Quais são os ídolos mais comuns:
ü Ídolo da
reputação – Minha imagem... Que pensarão
de mim??? Por esta razão vivemos nos comparando com outras pessoas e somos
arrasados por criticas. Queremos popularidade, aplausos... eu temo o que os
outros vão falar, e fico zangado quando o que dizem mexe com meu ídolo de pessoa
boa, ou justa...
ü Ídolo do
controle – Situações e pessoas podem atrapalhar meus planos... como alguém tem
a ousadia de atrapalhar a ordem e minha agenda? Se o carro quebra... se chove
no dia que planejei ir à praia... ou se alguém me fecha no transito... eu exijo
respeito...
ü Ídolo do
dinheiro – Este ídolo é importante porque ele alimenta outros ídolos. Uso o
dinheiro para alimentar status e prazeres pessoais. Isto me deixa seguro.
ü Natureza
auto-idolatrada – Pensamos: “As pessoas devem me servir... minha mãe, meu pai,
meu irmão” ... eu mereço mais consideração...
ü Ídolo da saúde –
como assim? Ficar doente? Deus não tem o direito... Mark Twain: “Nunca matei
ninguém, mas às vezes leio o obituário com muito prazer”.
ü Ídolo da
aparência, da imagem – Tenho que estar magra (o). Dieta. Quem está no controle?
Fico irado porque não tenho o corpo que desejo. Odeio as pessoas, a Deus, a mim
mesmo. Tenho vontade de morrer... é razoável esta tua ira?
O
que causa ira?
ü Reputação –
Jonas estava preocupado consigo mesmo.
ü Crise com Deus –
(Jonas): “é razoável esta tua ira?” (Jn 4.49)
ü Narcisismo – Deus
não fez o que Jonas queria.
ü Desconforto –
Deus destruiu a plantinha que lhe amenizava o calor.
Características
da ira
ü Agressiva
ü Exigente
ü Perfeccionista
ü Rígida
ü Legalista
ü Inflexível
Raiva de si mesmo – Por não ter todo o
bem, ser limitado
Raiva dos outros – Não dão o que acho
merecedor
Raiva de Deus – Não me compreende.
Os
efeitos da ira
ü Fere a si mesmo –
Frederick Buechner: “Dos sete pecados capitais, a ira talvez seja o mais
divertido. O inconveniente é que você está devorando a si mesmo”.
ü Material
radiativo – (Hb 12.15): Contamina outros.
o
Pv
14.17 – “O que presto se ira, faz loucuras”
o
Pv
15.18 – “O homem iracundo suscita contendas”
o
Pv
19.19 – “Homem de grande ira, tem de sofrer o dano”.
ü Nos afasta de
deus – Ef 4.26-27
O
Evangelho e a ira
ü Entenda sua ira
como pecado – Não é apenas emoção ou reação.
ü Identifique seus
ídolos – Desmascare: egocentrismo, narcisismo, controle e poder.
o
Pecado
por detrás do pecado
ü Não fecunde a
sua ira – Considere o perdão
o
Ef
4.26-27 - Você acha difícil perdoar?
Considere não perdoar.
ü Ira pode ser
controlada
o
Agressivos
ou assertivos?
o
Famílias
iracundas – 1 Pe 1.18
“A ira é algo que eu faço. Não é emoção sem
controle. Resultado de pensamentos que nutrimos. Não é o que fazem, mas o que
faço”.
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