terça-feira, 18 de julho de 2017

Soli Deo Glori



Introdução: A situação da Igreja nos dias da Reforma era bem complicada. As pessoas centralizaram sua adoração, mas na glória, poder e riqueza da igreja enquanto instituição, e de seus cargos, que de Deus. A glória de Deus estava ofuscada, pelo narcisismo e vaidade de seus líderes. Na verdade, isto não difere muito de nossos dias. É muito fácil encontrarmos líderes endeusados, denominações que não dependem de Deus, mas apenas de seus programas. A Reforma adotou o lema de que uma igreja reformada, precisa sempre se reformar. Uma das áreas mais vitais da Reforma em nossos dias, tem sido a glória de Deus compartilhada entre homens empavonados, e Deus - A quem deve se dirigir toda a glória. 
Um dos lemas da Reforma foi “Glória só a Deus!”.
Veja como era complicada a situação da igreja nos dias da Reforma.
606 – Bonifácio III se declara “Bispo universal” – Papa
709 – Obrigatoriedade de beijar os pés do Papa
993 – Doutrina do poder temporal da Igreja
1076 – Canonização dos santos
1190  - Vendas de indulgência.
1316 – Instituição da reza da “Ave-Maria”
1864 – Condenação da separação Igreja/Estado
1870 – Dogma da infalibilidade Papal.
O que estes dogmas propunham? Glória a Igreja (instituição), aos santos e aos bispos. Os reformadores acreditavam que homens, hierarquia eclesiástica e santos, não eram dignos da gloria que exigiam. 

Tentando entender nossa vocação
Qual a missão da Igreja? “A igreja existe para glorificar a Deus”
                Sl 96.1-3: “Anunciai entre as nações a sua glória”
                Rm 11.36: “A Ele seja a glória eternamente, Amém!”
Qual é o fim principal do homem? “O fim principal do homem é glorificar a Deus e gozá-lo para sempre”.
A.      A centralidade da adoração (Ex 20.1)
B.      O Shemah Hebraico (Dt 6.4-7)
C.      Todos nossos atos devem glorificar a Deus – (1 Co 10.31)

O Problema: Fonte contaminada pelo EGO. Nossos motivos podem estar contaminados.
É fácil as pessoas se esquecerem de Deus e se contentarem com glória pessoal

ð  Paulo e Barnabé em Listra – (AT 14.8-18)
ð  João se curvando diante de um anjo (Ap 22.9)

a.       As coisas mais sagradas podem ocultar motivos de auto promoção
b.      Narcisismo e Poder estão sempre presentes nas instituições.
c.       Orações podem se tornar carregadas de auto glorificação – (Mt 6.5; Lc 18.11)
d.      Jejuns podem se tornar mecanismo de opressão – Is 58.3
e.      Boas obras podem estar centradas no EU (Mt 6.2-4)

Aplicações:
1.       Estruturas denominacionais podem se tornar mais importantes que Deus
2.       Pessoas facilmente ocupam o lugar de Deus
3.       Cultos podem estar mais focados nos homens que em Deus
a.       Liturgia: Cânticos auto centrados
b.      Mensagem: Auto ajuda ou Cristo?
c.       Adoração pode estar centrada numa mentalidade consumista.
4.       Vaidade pessoal e auto suficiência são substituídos pela dependência.
5.       Justiça própria pode sublimar o sacrifício de Cristo.
6.       E se Deus não estivesse presente, ainda assim a igreja existiria?
7.       Precisamos rever motivos e intenções. Para Deus não é suficiente o que fazemos, mas porque fazemos o que fazemos.
8.       Aplausos dos céus ou aplausos dos homens?

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