quarta-feira, 4 de julho de 2012

Js 24.14 EU E MINHA CASA SERVIREMOS AO SENHOR

O Evangelho possui um forte componente familiar, já que a palavra central na Bíblia é relacionamento. No ANTIGO TESTAMENTO: Deus chama famílias para um pacto. “Abençoarei tu e tua casa”. Não um chamado individual, mas para um povo. Susan Hunt designou este ato como “pacto geracional”. De geração para geração. Curiosamente, o ritual do AT é da circuncisão, no órgão reprodutor masculino. No NOVO TESTAMENTO: O carcereiro de Filipos indaga sobre a vida eterna. Faz a pergunta no singular: “Que farei para ser salvo?” e recebe a resposta no plural: “Crê no Senhor Jesus e serás salvo tu e tua casa”. Deus não está interessado apenas em indivíduos, mas em alcançar toda família. “Esta promessa é para vós e vossos filhos” (Pentecoste). Então, uma pergunta importante fica em nossa mente? Como o Evangelho vai chegar à próxima geração? Este texto nos mostra Josué perto de sua morte. Ele queria alertar o povo de Israel sobre a necessidade de uma definição quanto ao modelo espiritual que iriam adotar. Boa parte estava ainda sobre a influência dos deuses do Egito, e agora sofriam com a presença da idolatria da terra de Canaã, e Josué então desafia o povo a tomar uma decisão na sua vida espiritual, deixando claro seu ponto de vista: “Eu e minha casa serviremos ao Senhor”. O texto nos mostra algumas coisas interessantes: 1. Servir a Yahweh é opcional – “Escolhei”... “Se vos parece bem”... Ninguém é obrigado a servir a Deus. Aqueles que o fizerem devem fazê-lo por convicção. Espiritualmente, bem e o mal agem por concessão. Por isto Deus pede: “Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso coração”, e ainda: “Estou que estou à porta e bato, se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei, cearei com ele e ele comigo”. Podemos também nos aproximar perigosamente do mal, por negligencia, displicência ou opção. Muitos adiam sua decisão de seguir a Cristo, e deixam de assumir um compromisso de vida com o Senhor. O problema é que a não decisão é uma decisão de não decidir... Omissão é decisão preguiçosa. O texto mostra que você “não tem” que servir a Deus. Somente o fará se desejar fazer. A fé cristã envolve dois movimentos: Crer em seu coração e declarar com sua boca (Rm 10.9). Um é subjetivo, tem a ver com o convencimento do Espírito em nosso coração. Outro é público: Implica em nossa atitude de assumir nossa posição diante de Deus e dos homens, verbalizando o que vai em nosso coração. 2. Levar as famílias a Deus é uma decisão dos pais – Josué assume sua função de cabeça de sua casa e afirma: “Eu e minha casa serviremos ao Senhor”. No pacto cristão, Deus chama o homem para assumir a liderança espiritual de sua casa. Compromissos espirituais e pactos feitos pelos pais são levados a sério no mundo espiritual. O batismo infantil é um claro exemplo disto. O Pai representa o filho perante Deus. A criança era circuncidada ao oitavo dia. Era uma decisão dos pais. Por que precisamos decidir? A. Minha decisão determina o meu caminho – “Eu sou eu e as minhas decisões” (Jean Paul Sartre). Ao fazer uma escolha, decido o rumo que desejo seguir. Existe uma famosa highway no Canadá que é construída numa perigosa cadeia de montanhas, e a pessoa não tem como retornar, por isto existe logo uma advertência: “Tome cuidado na estrada que você vai tomar agora, pois não existe retorno nos próximos 40 kms”. Afinal, "por tudo o que ganhar você irá também perder algumas coisas" (Ralph Waldo Emerson). Seguir a Deus tem um custo, e por isto, Josué tenta desestimular aqueles que não estavam muito convencidos a não seguirem Yahweh, ele afirma, é Deus santo e zeloso (Js 24.19); não reparte sua glória com ninguém (Js 24.23); exige compromisso de fidelidade e integridade (Js 24.14), então, pense seriamente antes de decidir. Felizmente o povo também decidiu seguir a Deus. 2. Minha decisão impacta as futuras gerações – Você não está decidindo apenas por você, mas por toda sua família, algumas de suas decisões tomadas hoje, terão profundo efeito na vida de seus filhos e netos. Minha avó se converteu a Cristo, lendo sozinha a bíblia, e isto tem impactado filhos e netos, muitos deles, lideres nas suas igrejas locais. 3. Minha decisão faz uma cisão – Ao decidir por Yahweh, estamos rejeitando as trevas. Não é só uma questão de ir numa determinada direção, mas a recusa também em não dirigir para o outro lado. Por isto Jesus afirmou: “Quem comigo não ajunta, espalha”. Diante de um grupo de discípulos inseguros, Jesus afirma: “Quereis vós outros também retirar-vos?” (Jo 6.67). Existem momentos em que nossa indecisão precisa ser vencida e que um passo de fé e coragem precisa ser dado. 4. Minha decisão tem um componente de urgência – “Escolhei, hoje, a quem sirvais” (Js 24.15). Temos a tendência de procrastinar, adiar e deixar para depois, e os anos vão se passando sem que saibamos de que lado estamos, nem para onde estamos indo. Hoje é o tempo que se tem, amanha é apenas possibilidades. A poetisa Cecília Meirelles escreveu sobre a angustiante crise da decisão no seu poema infantil: Ou isto ou aquilo: “Ou guardo dinheiro e não compro doce, ou compro doce e não guardo dinheiro; Ou isto ou aquilo, ou isto ou aquilo; E vivo escolhendo o dia inteiro...” Conclusão: Esta é uma hora de tomada de posição. Há um grande perigo em retardar nossa decisão, em buscar a Deus. Por isto a insistência do profeta: “Buscai o Senhor enquanto se pode achar”. Não se pode adiar aquilo que é urgente. “Hoje, se ouvirdes sua voz, não endureçais o vosso coração”.

Um comentário:

  1. Pastor, peco que consiga uma biblia de estudos mesmo usada resolve p/meus estudos teologicos, abracos desse aposentado. JONAN, obs. peco deesculpas em lhe ocupar nesse pedido, meu end. fica no RN.AMEM

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