Unidade 1/ Lição 4
CRENDO NA NOSSA JUSTIFICAÇÃO
Alvo desta lição:
Ø
Compreender
que justificação não tem a ver
exclusivamente com o fato de como iniciamos a vida cristã, mas significa, isto
sim, um importante e fundamental aspecto do Evangelho, ao qual temos de dar crédito
absoluto, em todos os dias da nossa vida cristã.
Nós
concordamos que somos justificados pela fé; contudo não temos freqüentemente
idéia de como isso deve ser aplicado à nossa vida numa base diária – na maneira
em que nos relacionamos com a família, na forma em que nos expressamos, e no
modo em que nos portamos em relação ao trabalho. Esta lição introduz algumas
maneiras práticas de como aplicar a justificação pela fé na nossa vida diária,
enfocando particularmente o uso da língua, como também nosso desejo de estarmos
certos, agindo digna e corretamente, e dando a outros a impressão de que temos
controle sobre a nossa vida.
Lição
Leia Romanos 1:7-17
Q1 A quem, com
grande freqüência, pensamos pregar o Evangelho?
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Q2 A quem está Paulo
escrevendo?
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Q3 A quem, nesta passagem,
está Paulo ansioso por pregar o Evangelho?
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Q4 Por que é isso tão
surpreendente?
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Q5 O que o Evangelho nos
oferece? (v.16)
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Q6 O que encontramos no
Evangelho? (v.17)
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Leia: Colossenses 2:6
Q7 Como, inicialmente, recebeu você a
Cristo como Senhor? De que maneira você irá continuar a caminhar com ele?
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Q8 Como isso é similar ao que
descobrimos em Romanos 1?
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Vago sentimento versus Verdade
Sentimento vago:
O Evangelho
aplicado apenas no começo da vida cristã.
Verdade:
Crer no Evangelho é
contar com o poder contínuo na vida cristã. “Ora, como
recebestes a Cristo Jesus, o Senhor, assim andai nele” (Colossenses 2:6).
Q9 Você
pode compartilhar algum exemplo atual na sua vida, quando você precisou crer no
Evangelho, de modo especial em relação à sua justificação?
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Leia:
O
fim da luta
Por
Stanley Voke
Uma ocasião um certo menino chegou a casa depois de
haver assistido à Escola Dominical, e disse: “Mãe, nós cantamos hoje um novo
hino. Esse hino diz que Jesus sabe de
todas as nossas lutas”. Então
acrescentou pensativo: “Sabe, mãe, isso não está certo. Nós não lutamos. Quem
luta são os caramujos”. Isso me levou a lembrar uma foto que vi numa revista
missionária. Ela mostrava um caramujo no
seu movimento moroso, e um pássaro voando livremente em meio às nuvens. Embaixo
estavam estas palavras: “O que você
é? Um caramujo ou um passáro?” Alguns cristãos africanos, que foram muito
abençoados no final de uma conferência, saíram da reunião cantando, e com uma
enorme alegria estampada no rosto. Algumas pessoas que os viram, disseram:
“Veja esses cristãos; eles parecem um bando de pássaros voando
alegremente!” Mas aqueles africanos
sabiam muito bem como seu coração poderia estar numa situação bem diferente,
caso não se encontrasse numa relação correta com Cristo. Eles poderiam ser
vistos como caramujos se arrastando pelo chão, envolvidos apenas consigo
mesmos, vivendo na esfera do chão, sem poder alçar vôo.
Se
tão-somente conseguimos ver a nossa condição de pecadores, certamente que
permaneceremos no nosso estado pecaminoso; e seremos semelhantes aos caramujos
– em luta. Ver
e identificar o pecado, apenas isso não nos liberta, de forma alguma;
precisamos ver a Jesus. Para cada olhar
que dermos ao pecado, devemos dar dez olhadas em direção a Cristo. Só assim
seremos como pássaros voando pelo céu.
A luta pela justiça
Na
sua paráfrase do Novo Testamento, J.B.Phillips traduz assim Romanos 10:4: “Cristo significa o fim da luta para a
obtenção da justiça”. Ele traz dessa maneira uma nova luz sobre a Versão
Autorizada, que diz: “Cristo é o fim da
lei para a justiça”. Existe em cada um
de nós a luta por manter nossa própria justiça. Esta é a razão pela qual é
muito difícil nossa condição de pecadores.
Esta
luta é tão velha quanto Adão e Eva. Quando confrontados com o pecado no Éden
eles colocaram a culpa um no outro, e finalmente na serpente, enquanto faziam
para si vestimentas com folhas de figo, a fim de cobrirem o corpo diante dos
olhos santos de Deus. Nos dias do Novo Testamento a luta continuou sua
trajetória, uma vez que a religião judaica não passava de uma tentativa de
desenvolvimento a fim de alcançar a justiça mediante obras.
Todos nós somos assim. Você certamente já teve
oportunidade de observar crianças construindo seus castelos na areia da praia,
antes de serem eles atingidos pela maré crescente... Com criatividade e
antecipação elas constroem as paredes, dão retoques aqui e ali, para num piscar
de olhos ver toda a sua engenhosa criação devastada pelas ondas. Assim somos
nós. Dia a dia, com o máximo de cuidado construímos nossa reputação, julgando altaneiros
que estabelecemos firmemente nossas defesas contra as ondas das críticas das
pessoas. Na verdade, para muitos de nós a vida tem se tornado uma longa luta
para sermos aquilo que lá no fundo, na profundidade obscura do nosso ser,
sabemos perfeitamente que não somos.
A luta para a
perfeição
Uma fase desta batalha para a nossa própria justificação é
nossa luta para alcançarmos um padrão de perfeição. Já temos visto como o
padrão de Deus nos leva a um perfeito padrão de perfeição. Contudo o perigo
está na possibilidade de que essa vida venha a se tornar uma prolongada
tentativa de alcançá-la. E nós nos tornamos cristãos debaixo da lei, em lugar
de debaixo da Graça. Portanto, em vez de vivermos em paz terminamos por ser
martirizados pela tensão. Algumas vezes estabelecemos padrões para nós baseados
no tipo de cristãos que desejamos ser, passando a perseguir essa imagem
perfeita em nossa mente. É como se
víssemos a pessoa que gostaríamos de ser na ponta de um alto penhasco, e ela
nos chamasse lá para cima. Na lonjura em que estamos, cá embaixo, lutamos
inutilmente por conseguir alcançar o alto, ou o pico em que ambicionamos estar.
Ao mesmo tempo, a pessoa que está lá em cima nada absolutamente faz para nos
ajudar.
É
óbvio que as pessoas estabelecem padrões para nós também. Qualquer pessoa pode dizer o que devemos ou
deveríamos ser. Ouvimos sermões e mais sermões, e lemos pilhas de livros, todos
nos mostrando o tipo de cristãos que deveríamos ser. Isso, evidentemente, nos
leva a nos sentir culpados, se somos sensíveis e confortáveis e satisfeitos ou
se não somos. As pessoas nos colocam num pedestal, esperando de nós isso e
aquilo, até que a nossa vida acaba por se tornar uma árdua jornada em função
das demandas alheias. Vivemos assim debaixo da lei, tentando manter seus
padrões, enquanto por trás de nós está a renitente lei de Deus, que nunca nos
solta e nunca nos leva para cima.
Você
é um cristão que está vivendo debaixo da lei?
Vivendo debaixo de uma contínua condenação, pelo fato de algumas vezes
não conseguir ser um melhor cristão, que ora mais, contribui mais, dá mais...
Se este é o caso, você sem a menor dúvida está debaixo de um jugo e um grande
peso, quando contrariamente a isso tudo o que Jesus lhe deseja dar é um real
descanso.
A
luta para manter nossa reputação
Outro
aspecto dessa luta por retidão está na nossa preocupação em manter nossa
reputação. Todos temos uma consciência muito apurada, quando tocamos nesse
assunto. Alguns de nós temos a reputação de sermos piedosos, eficientes, com o
dom de liderança, o ofício de pregadores, de eficientes donas de casa, enfim,
qualquer coisa! Alguns de nós gostaríamos de ter uma reputação. A reputação,
uma vez adquirida ou assumida, pode nos perseguir, nos usar, violentar e até
destruir. Ser escravo de uma reputação
pode ser uma forma refinada de escravidão, e uma luta renhida para manter nossa
própria retidão. Nós simplesmente recusamos a possibilidade de considerar que
fracassamos.
A luta pela
aparência
A luta pela auto-retidão se transforma,
conseqüentemente, na batalha pela aparência, o que simplesmente significa que
em algum lugar vamos terminar sendo desonestos com nós mesmos. Não é mesmo
verdade que freqüentemente somos tentados a ser aquilo que não somos? Como os
judeus, que lutavam para demonstrar a sua retidão, e caíram fatalmente na
hipocrisia. O problema com o sucesso é
que não ousamos admitir que eventualmente fracassamos. Nossa tendência é a de
manter a todo custo a nossa reputação; sentimos verdadeiro pavor em ter de
admitir nossa ignorância em determinado assunto. Isso seria o mesmo que ver
ruir o castelo que construímos antes mesmo de ser ele varrido pela maré alta.
Portanto, é para nós melhor lutar para manter as aparências do que admitir
certas necessidades, o que significaria que outras pessoas iriam nos conhecer
como na realidade somos.
A
tragédia em tudo isso consiste em praticar o conceito de que recebemos favores
de Deus por atingirmos seus padrões. É precisamente neste ponto que estamos
errados. Novamente a paráfrase de Phillips muito nos ajuda. Em Romanos 10,
versículo 5, lemos: “O homem que perfeitamente obedece à lei encontrará nela a vida – a
qual teoricamente está correta, mas é impossível de praticar. Se pudéssemos alcançar os padrões de Deus
seríamos abençoados. O fato, porém, é que não conseguimos. Portanto, terminamos
por ser amaldiçoados. A mesma lei que
foi designada para nos dar vida acabou se transformando em objeto de morte. Não
por existir alguma coisa com os padrões em si mesmos, mas porque nós pecadores
somos incapazes de alcançá-los.”
Cristo, o fim da
nossa luta
Que
grande é nosso alívio, quando vemos Cristo como o fim de tudo isso! Ele é o fim da luta em prol da auto-retidão,
uma vez que foi Ele que não apenas cumpriu a lei por nós, mas também foi
amaldiçoado em nosso lugar. Ele não só obteve a nossa perfeição, como remiu
nossas imperfeições. Não há mais nada por que lutar, posto que ele já fez tudo
por nós, e Deus não nos pede mais nada, a não ser nosso arrependimento e nossa
fé.
Em
seu lindo hino Joy Davidman escreve: “A única maneira de se livrar dos pecados
é admiti-los, isso porque sem um arrependimento honesto, perdão e graça são
impossíveis. O cristão não deve se sentir constantemente culpado. Para pessoas
em tal condição o pecado é um jugo que pode ser anulado, visto que ele é capaz
de admiti-lo, arrepender-se e ser perdoado. O caminho da liberdade está na
confissão honesta e no arrependimento sincero, capazes de abrir nosso coração
para o Consolador. Abrir nossa alma à graça de Deus significa que Ele não apenas
nos livra de continuarmos sendo as pessoas que somos, mas nos transforma,
fazendo de nós quem deveremos ser.
Quão
fácil isso é! A única maneira de nos
livrar dos pecados é admiti-los! Por que isso é tão difícil? Com toda a certeza é difícil porque isso
significa abrir mão do nosso próprio senso de retidão, e isso é exatamente o
que não gostamos de fazer. Como no entanto nos será possível ter as perfeitas
vestes da retidão de Cristo se insistimos em manter nossas próprias vestes? Impossível!
Jesus
é nossa perfeita retidão. Quando vamos a Ele não precisamos de nenhuma outra
retidão. A luta por ela termina, e Ele se torna nossa reputação e glória. Já
não precisamos temer estar na posição de pecadores, porque quando pecamos
paramos de depender dos nossos próprios esforços; cessamos de tentar ser aquilo
que não somos e admitimos ser aquilo que realmente somos. Nesse ponto aceitamos
a própria retidão de Cristo, sendo justificados diante de Deus e passando a
experimentar a paz genuína. Esta é a bênção básica de Deus para nós, e o único
verdadeiro caminho de alegria e paz.
Q10 – O que é luta por
retidão?
Esta
é a incrível luta para obtermos e mantermos nossa própria retidão. É a luta
para fazermos com que a nossa vida seja aceita por Deus, pelas outras pessoas e
por nós mesmos. Ela é inútil e infrutífera. Uma vez que tem origem na
incredulidade, fatalmente sempre irá nos arrastar ao fracasso, e já que
fracassamos temos que continuar a manter a batalha. Não existe nenhum descanso
na luta pela auto-retidão. Nossa luta tem como raiz o pecado do orgulho, o
pecado de crer que podemos alcançar retidão por nós mesmos.
Q11 O que é luta por perfeição?
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Q12 O que é a luta para manter
nossa reputação?
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Q13 O que é a luta para a
perfeição?
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Q14 De que maneiras você luta em favor de sua
retidão, perfeição, reputação e aparência?
Dê alguns exemplos.
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Q15 Como você acredita que
crer na sua justificação deveria impactar essas lutas?
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Q16 Como isso faz com que a
doutrina da justificação se torne mais pessoal a você?
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Q17 Como é Cristo o fim dessas
lutas?
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Seg
> Ter > Quar > Qui > Sex > Sáb > Dom
Para a semana:
- Leia “O fim da luta” em sua hora
devocional, pelo menos duas vezes.
- Comprometa-se a fazer a “Tarefa da
Língua”
Durante toda uma semana, comprometa-se a não:
Ø
Mexericar
(ou espalhar más notícias)
Ø
Reclamar
Ø
Criticar
Ø
Vangloriar-se
Ø
Transferir
culpa
Ø
Defender
a si mesmo
Ø
Enganar
outros
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