Este texto nos fala de um homem vivendo no limite de sua
esperança.
q
Ele vivencia uma grande limitação na sua saúde –
É paralítico!
q
Ele convive com pessoas também enfermas – O
texto nos mostra que “estava ali uma multidão de enfermos, cegos, coxos,
paralíticos” (Jo 5.3). Convivência com enfermidade nos adoece.
q
Sua situação é crônica – “Estava ali a 38 anos”
(Jo 5.5);
q
Ele vive atrás de respostas mágicas – Havia uma
teoria de que um anjo descia e movia a água e a pessoa era curada de qualquer
doença (Jo 5.4);
q
Era uma pessoa solitária – “Não tenho
ninguém”(Jo 5.7)
Como estaríamos se estivéssemos em situação semelhante?
Muitas vezes somos colocados em situações nas quais não temos saída. Os
processos se tornam prolongados e extenuantes, somos “jogados” em contextos que
não escolhemos e temos que conviver em ambientes de desolação e desesperança,
sentimo-nos desamparados e alienados da vida. O que tem Deus a ver com isto?
Como reagimos a tais situações?
- Tendemos a nos tornar vitimas de nossa história – Sensação de abandono
nos torna mais auto centrados. “Não tenho ninguém”.
- Perdemos a esperança de solução – 38 anos é uma vida.
- Tendemos a nos tornar esotéricos e tentar encontrar soluções
mágicas.
Muitos se enveredam por seitas que prometem soluções imediatistas, gerando
mais neurose e conflito.
- Nos tornamos cínicos em relação a Deus – Quando Jesus lhe
pergunta: “queres ser curado?” Ele não responde à pergunta de
Jesus, mas tergiversa, evade, e foge da questão proposta. A resposta
deveria ser tão direta quanto à pergunta feita: “sim, senhor, eu quero
ser curado!”
Como Jesus lida com pessoas desencorajadas e
desesperançadas?
- Jesus o vê – “vendo-o deitado” (Jo 5.5) Jesus sabe de sua condição real. Ele
está prostrado, entregue à sorte. Deus vê nossa dor e aflição, ele conhece
o nosso sentar e o nosso levantar (Sl 139.1-3) porque ele é o Deus que vê
(Gn 16.13).
- Jesus se aproxima de seu mundo e de sua história – Jesus
caminha na sua vizinhança, conhece os meandros de sua casa, o caminho de
seu trabalho. Ele sabe quem caminha contigo, pessoas tão enfermas quanto
nós.
- Jesus faz perguntas diretas – “queres ser curado?” Parece óbvio
demais perguntar para uma pessoa paralítica se ela quer ser curada.
Impressiona-nos, porém, a incapacidade deste homem em responder ao estimulo gerado por Deus.
Pessoas desanimadas tendem a não vislumbrar qualquer cura para sua dor,
fracasso, confusão e miséria.
- Jesus nos ordena levantar – “Levanta-te, toma o teu leito e anda”(Jo
5.8). A ordem de Jesus vai de encontro exatamente às limitações deste
homem enfermo.
Conclusão: “vendo-se curado” (Jo 5.9)
Apesar de todo pessimismo e cinismo na alma, este
homem reage com fé. Ver-se curado é um processo da alma que consegue vislumbrar
a graça e a cura de Deus.
Um segundo aspecto a ser considerado, é que este
homem ainda não conhecia profundamente quem Jesus era. Fé intuitiva. (Jo
5.12-13). No entanto, recebe cura. Muitos conhecem bem a Jesus, mas não
experimentam a restauração que Jesus pode fazer. A cura é dada não aos que tem
muita informação sobre Jesus, mas aos que levam a sério a sua Palavra.
Uma advertência é ainda feita a este homem: “Não
peques mais, para que não te suceda coisa pior” (Jo 5.14). Muitas vezes achamos
que nada pode ser pior que nossas limitações,
no entanto, Jesus afirma que a
alma longe de Deus, vivendo no pecado pode trazer conseqüências ainda mais
sérias, porque têm efeitos eternos sobre nós.
Para finalizar, Jesus afirma sua identidade. Ele faz
todas estas coisas, por causa de sua divindade (Jo 5.17-18). Ele cura e
restaura, porque Ele é Deus.
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